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Maratona 3/?

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Maratona 3/?


— A criada derramou lentilhas nas cinzas– grunhiu um dos guardas, jogando um balde de madeira para Ellentya.– Limpe antes que o ocupante volte, ou ele vai arrancar sua pele tira por tira.

Então a porta bateu, e o clique da que estava sendo tranca foi auditivo para Ellentya. Ela olhou para em volta do quarto. Nenhuma janela, nenhuma outra saída, exceto aquela  pela qual ela fora atirada. A cama era enorme e estava perfeitamente arrumada, os
lençóis pretos de... de seda. Não havia mais nada no quarto além de mobília básica;  nem mesmo roupas jogadas ou livros ou armas. Era como se o ocupante jamais  dormisse ali.

Ellentya se ajoelhei diante da lareira e acalmou a respiração. Ela pensou consigo mesma que distrairia mente, e não deveria ser tão difícil rastriar e colecar as lentilhas. Ela estava errada.
Duas horas depois, seus olhos queimavam e doíam, e, embora tivesse varrido  cada centímetro daquela lareira, havia sempre mais lentilhas, mais e mais, que, de  algum jeito, ela não vira. Os guardas jamais disseram quando o dono do quarto  voltaria, então, cada tique do relógio sobre a lareira se tornara um aviso de morte, cada passo do lado de fora da porta lhe fazia pegar o atiçador de ferro encostado contra a parede da lareira.

Ellentya torcia que sua irmã estivesse um pouco melhor que ela. O que mo fim duvidava muito. Escuridão entrou no quarto, fazendo as velas tremeluzirem com uma brisa beijada pela neve. Ellentya segurou o atiçador com mais força, pressionando contra a pedra da lareira, e mesmo quando a escuridão profunda se apoiou na cama e assumiu uma forma familiar ela disparou o objeto de ouro puro na direção do indivíduo, acertando seu rosto em cheio, causando um corte.

— Filha da puta!– resmungou Rhysand ao passar a mão pelo corte– por mais que seja maravilhoso ver você, Ellentya, querida, quero saber por que atirou isso em mim?

— Achei que era outro feérico– sua voz doce e inocente não convencera o Grão-Senhor, e ela também sabia daquilo– doeu?

— Não sei se deveria gosta tanto desse seu jeito sem auto-prevenção– disse Rhysand, jogado na cama, a cabeça apoiada em uma das mãos —, mas então por que está vasculhando minha lareira?

— Eles disseram que eu precisava limpar lentilhas das cinzas, ou você arrancaria minha pele– bufou se levanto, limpado o máximo de cinzas do seu corpo e roupa–

— Eles disseram?– um sorriso felino–

— Devo agradecer a você por essa ideia?

— Ah, não– cantarolou Rhysand.– ninguém descobriu a respeito de nosso
pequeno acordo ainda, e você conseguiu ficar calada. A vergonha a está sufocando?

— vou falar para quem sobre esse acordo idiota? Além do mais, que tem problema é você e não eu pelo resto da vida– Ellentya caminhava pelo pequeno quarto, sem notar o sorriso do macho aumentando–

Cursed Stars | ʳʰʸˢᵃⁿᵈ Where stories live. Discover now