IV.

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Meu corpo estava leve como se estivesse passado o dia na praia pulando ondas, e quando chegasse em casa deitasse na cama.
  Eu estava em uma espécie de solidão, mas eu gostava da sensação de estar sozinha; oque não durou muito tempo. A escuridão se dissipou feito fumaça e me vi em um quarto preto, quase tudo era preto, mas aconchegante. Sons começaram a ecoar pelo quarto; eram gemidos roucos e outros doces.
Me virei e tive diante dos meus olhos, eu com a cabeça soterrada no travesseiro de cetim, minha boca se abriu quando vi que estava sentindo imenso prazer ao ser fodida pela stalker. Suas mãos grandes e cheias de veias trabalhavam em segurar minha bunda e apertá-las, ela não estava nua, usava um top azul escuro e uma tanga da mesma cor. Era habilidosa na conhecida cinta.

Eu me senti apavorada em ver como eu gemia, me entregando ao máximo para a mulher. Meu estômago fisgou e eu suspirei fundo quando sua cabeça tombou para trás, mostrando o quão excitada ela também estava. A mais velha usava um tipo de máscara, uma máscara medonha, assustadora e ao mesmo tempo sexy e atraente. Eu estranhamente reconhecia aquela máscara, eu já havia a visto em algum lugar. E agora estava nítido o porque eu nunca conseguia ver seu rosto.
A mascara tampava parte seu rosto, apenas sua boca e o final de seu nariz estava para fora. Fisgadas em meu intimo me fizeram cruzar as pernas ao ver sua boca entre aberta.

Eu estava me assistindo transando com minha perseguidora. Os sons se abafaram quando a música ecoou mais alto que os meus gritos de súplicas.

"I Only Call you when It's half past five"

Era como se meu sonho juntasse todos os meus desejos eróticos que eu tinha ao anoitecer, quando me deitava na cama e sonhava altamente.

"The only time that I'd be your side"

Seus músculos se contraíram quando sua cintura tocou minha nádegas. Era impressionante como eu estava aguentando alguém daquele tamanho, e frustrante por ainda não ter conseguido visualizar seu rosto.

- LISEBELLE!

O grito alto me fez recuar, como se um buraco tive abrido no chão e me engolido. Era a voz de Luiza.

- LISABELLE!

Meu corpo parou quando eu a vi diante de mim, olhando preocupada. A luz atingiu meus olhos e preguejei baixo. Foi um sonho, e eu estava apenas no quarto

- Temos muito que conversar!- Disse um tanta exaltada. Olhou para minha perna franzindo o cenho, como se me convidasse para explicar oque havia acontecido.

Quando olhei para baixo, notei que oque havia acontecido a respeito não foi um sonho. Minha perna estava vermelha e uma macha escura apareceu na coxa, pequenas gotículas de água saia do corte pequenos, resultado da minha pele que derreteu.

Maldita.

Eu não podia contar ainda

- Vá se trocar e desça, você vai me contar tudo quando estivermos tomando café da manhã - Disse antes de atravessar a porta.

Eu era grata por ela, grata em como ela se preocupava comigo igual a minha mãe. Eu sinto falta dela.

O cansaço parecia permanente, não me esforcei para fazer uma maquiagem, nem mesmo um penteado elaborado, apenas um coque frouxo. Meu estômago subiu quando pensei no que falaria para Luiza, que me esperava na mesa de café.

Me sentei lentamente e a vi empurrão prato com bolo de laranja, ela me olhava com os olhos estreito, me sentindo vulnerável. Eu contaria parte de tudo, menos a parte em que a encontrei em meu quarto noite passada.

- Por onde começamos? - Me fiz de sonsa.

- Pela parte em que você some sem mandar uma mensagem de texto. - Silabou baixo.

Quando As Estrelas Se AlinhamWhere stories live. Discover now