Quando As Estrelas Se Alinham

XVI.

“eu sei que o paraíso existe, vou lá toda vez que você me toca. querido, inferno é quando eu brigo com você”

— false god, taylor swift

🥀

A manhã estava fria, galhos se quebravam enquanto cautelosamente Caminhávamos em direção a pequena vila. Mesmo de longe pude enxergar pequenas casas mal estruturadas, o nevoeiro cobria quase tudo e ai da crianças que brincavam por ali, isso se tiver crianças

- Vila a quinhentos metros - Com uma pistola em mãos, James proferiu baixo tomando a frente lateral, que era liderado por mim.

Havíamos quinze homens de elite atrás servindo de guarda, cinco ficaram à nossa espera nos veículos com suprimentos para possíveis sobreviventes. Isso tudo seria rápido, não viemos a passeio e muito menos descansarmos antes de tudo. Eu estava ansiosa e minhas mãos coçavam, iria reencontra-lo e tudo oque eu tinha em mente era arrancar seu coração fora assim como ele fez o meu e das crianças nos quais ele violou

Qualquer som era abafado pelos aparelhos em meu ouvido, um era dos soldados que estavam comigo, o outro era de meu segurança mais fiel, no qual deixei cuidando de Lisabelle

- Cem metros!

Era tudo precário, não havia ninguém ali, possivelmente sabiam que iríamos ali, ou não, se não fosse pela mulher futricando pela janela de madeira velha. Todos estavam em alertas, até mesmo os moradores, isso me fez acreditar que Heitor estava no comando e deixou a pequena Santa Trindade em terror.

- se divide em quatro grupos de três pessoas! um grupo terá apenas dois. Eu seguirei a lateral esquerda sozinha. vão!

Se tem uma coisa que eu detesto é que fica perto de mim quando estou trabalhando. Ninguém que eu conheço altera o estômago suficiente para ver o que eu faço de melhor, nem mesmo James.

Quando você vive normalmente sem conhecer a maldade das pessoas, você tem medo de apenas duas coisas: primeiro, você tem medo de ir para o inferno, segundo, você tem medo do bicho papão

Neste caso, eu sou o bicho papão

Quando o nevoeiro atingiu no meus pontos sensíveis, fora o cansaço, eu me esforçava em me manter em pé naquele momento, tudo depende de mim agora. Eu nunca tive uma ambição mas há uma coisa que eu quero muito, e não importa o que acontecer eu vou fazer acontecer. A maior verdade na qual eu vou cumprir será salvar o máximo de pessoas que eu puder enquanto estiver viva.

Parei em frente a uma pequena porta feita de casca de tronco, olhei para trás de relance e vi meus homens esperando o sinal.

Se você quer achar alguém que se infiltra na sociedade alternativa, preste atenção nas classes, cuja são: baixa, média e alta. Alguém que está sendo procurado não vai morar em uma mansão, chamaria muito a atenção, nem mesmo em uma casa pobre para não ser nada irônico. Eles focam na média, onde quase ninguém pensa.
Eu estou sendo procurada em vários países, mas me mantenho em uma vida de extrema classe alta, porque todos podem vir, ninguém irá me derrubar mesmo sabendo onde estou e onde estarei.
  Arrombei a porta e mirei minha submetralhadora abaixo de meu rosto, meu nariz ardeu quando o odor subiu, um cheiro de urina e morte, eu conhecia esse cheiro

Caminhei lentamente ao primeiro cômodo que ficava à direita e tive diante de mim um cadáver, em decomposição. Pelo cheiro estava a alguns dias, até mesmo semanas.
Era o corpo de uma criança, um garotinho cabeludo de aproximadamente sete anos de idade. Meus ombros caíram e uma onda de choque atingiu meu peito, não aceitando ver um ser inocente caído no chão duro e gelado, seu cabelo estava colado em sua testa pelo sangue duro e seco. Sua barriga estava aberta e dentro vermes o comia lentamente