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Mason ligou desesperado para a ambulância.

Flora, Nate e Livy encararam Calie no chão perplexos.

Minha mão não parava de tremer, e meus olhos não paravam de se encher de lágrimas.

— Calma Mel, estou aqui. A ambulância já está chegando. — Mason me abraçou com lágrimas em seus olhos também. — O povo, vão para casa e falem com meus pais para eles irem ao hospital.— Mason disse para os primos ainda me abraçando.

Depois de um tempo a ambulância chegou.

— Vocês são os responsáveis?— concordamos — São pais dela?

— Sim, somos. — Mason respondeu em meu lugar, já que minha garganta estava tão embargada de frustração que nem consegui dirigi uma só palavra.

— Então por favor, entre na ambulância para irem junto com ela. — A médica da ambulância entrou com a gente na ambulância enquanto colocava alguns equipamentos de respiração na Calie.

Chegamos ao hospital e ela foi para uma sala de emergência se não me engano.

Mason fez o Check-in dela.

Sentada na cadeira observei os pais de Mason chegando no hospital.

— Amélie querida, tem notícias da Calie? — Leonor perguntou chegando perto de mim.

Me levantei.

— Não, acabamos de chegar praticamente.

Mason veio em nossa direção e abraçou os pais.

Ficamos esperando na sala de espera.

Minha perna tremia.

Mason colocou a mão em meu joelho para me acalmar.

— estou aqui, okay? — ele disse. Coloquei minha mão encima da sua.

— Obrigada, Mase.

— Pais da Calie Thames? — Um médico surgiu na sala de espera saindo de outra sala.

Eu e Mason nos levantamos.

— Bom, com o acidente o impacto na cabeça da Calie Thames foi forte. Ela está internada e se ela não acordar em 48h ela pode ficar em coma. Mas pelo que avaliamos dela, não teve nenhuma fratura grave na cabeça, ou nada que afete seu sistema nervoso. — A médica disse e se retirou da sala.

Meu Deus.

Minha filha em coma?

Mason me abraçou forte enquanto eu chorava igual criança.

Nunca havia chorado tanto assim.

— Olha se ela não puder ser transferida para Nova York podemos morar um tempo aqui até ela acordar. — Mason sugeriu.

— Eu não... eu não sei, Mason. E se minha filha não acordar? Mason, e se minha filha não acordar?

— Ela vai acordar Mel, se acalma. Ela vai acordar. Vamos ver ela.— Falamos com a médica e ela nos liberou para ver nossa filha.

Chegamos na sala e uma enfermeira estava injetando algo na veia dela.
Ela ainda estava desacordada. E isso partia meu coração.

Sua cabeça estava enfaixada.

Chegamos perto dela e peguei em sua mão.

— Oi Calie, é a mamãe. Acorda logo para a gente brincar de escola das princesas tá bom? — ri de tristeza da minha própria fala limpando uma lágrima da minha bochecha.

Mason que tinha saído do quarto, voltou com um copo de café para mim. Estávamos horas esperando para entrar no quarto que Calie estava.

— Aqui— me entregou o copo.

— Obrigada.

— Então, você vai dormir aqui?— perguntou Mason. — ou melhor, vamos.

— Eu posso ficar. Pode ir para casa se quiser.

— Não! Olha, eu vou em casa — na casa dos avós dele no caso— e trago suas coisas, da Calie e minha. Essa noite a gente passa aqui, mas amanhã eu alugo um AP que tem aqui do lado para virmos aqui toda hora, está bem?— concordei com a cabeça ainda vermelha de tanto chorar.

Nunca esperei que fosse me apegar em uma criança que não é literalmente minha.

Mason chegou perto, se abaixou—  já que eu tava na poltrona — e me deu um abraço e um beijo na testa.

— Eu já volto, vou dormir aqui com você. — No quarto que a Calie está tem uma espécie de sofá cama, que dá para duas pessoas dormirem tranquilo. Fora a poltrona de hospital em que estou.

— Ok, só... não demora.— ele concordou e saiu.

Fiquei segurando a mão de Calie um bom tempo, ainda olhando para ela.
E pensando o quão irresponsável eu fui como mãe. Minha cabeça está voando esses últimos dias. E tenho que tentar colocá-la no lugar urgentemente.

Não demorou menos que uma hora e Mason chegou, ele estava com outra roupa, provavelmente já tomou banho.

— Aqui Mel, peguei tudo o que precisa, o da Calie, seu, e trouxe algumas coisas minhas e algumas coisas extras.— disse ele com um olhar cuidadoso.

— Ok, obrigada Mase. — falei e dei um beijo em sua bochecha. — dá notícias a sua mãe porque eu tô sem cabeça para isso, eu vou tomar um banho.

childhood enemies - Mason Thames Where stories live. Discover now