Olhos de Safira - Izana Kurokawa

Capítulo 2

— Acho melhor não, não to em um dia muito bom. (Ela suspirou de forma cansada) - Tudo que quero é comer alguma coisa e ir pra um lugar sossegado para ler.

— Podemos comer agora e depois posso te levar em um lugar perfeito para você ter esse seu tão desejado sossego. (O platinado insistiu, algo que não era de seu feitio, porém aquela garota despertou um grande interesse nele, um que ele nunca teve antes)

— Podemos comer aqui, mas apenas isso. (Ele franziu o cenho não gostando nada dessa resistência toda dela, afinal ele já havia dito que a queria, e ela já havia dito que o achava bonito, porque ela simplesmente não facilita as coisas?) - Espero que não me leve a mal, porém acabamos de nos conhecer e tudo que sei sobre você e seu nome, não posso simplesmente sair com você, afinal... eu não deveria ser descuidada com um estranho.

— Sabe... você está certa. (Ele pegou o celular e entregou a ela) - Me dê seu número, vamos nos conhecendo melhor, e depois vamos sair! (Nem mesmo ele sabia o que estava lhe dando, nunca se deu ao trabalho de querer conhecer alguma garota, era só um caso e tchau, porém ele sentia a necessidade de se aproximar da garota com olhos de safira)

— Você é bem insistente né? (Ela perguntou sorrindo enquanto lhe dava seu número e depois ligava para si mesma para salvar o número do platinado em seu contanto também)

— Com você parece inevitável. (Izana disse com um leve sorriso de canto olhando-a intensamente admirando o sorriso da garota que estava roubando toda a sua atenção)

Enquanto o "casal" se conhecia melhor os membro da Tenjiku apenas observavam surpresos, não só por seu Rei está sorrindo (De verdade, não um sorriso cínico ou malicioso) e conversando com a garota, mas por ele realmente parecer interessado, já que ele simplesmente permaneceu com ela em sua mesa ignorando completamente o fato de que estava com sua gangue, e essa altura a única pessoa que estava importando era a garota a sua frente.

[...]

Alguns dias se passaram e Izana e Mizuki não haviam se falado mais, mesmo tendo o contato um do outro o receio e o orgulho era grande demais para permitir que fossem atrás tão "rápido" assim, então apenas seguiram suas vidas normalmente.

Mizuki mantinha sua rotina chata e entediante de ir a faculdade, ler e escrever, mas não se sentia mal por isso, afinal sua vida estava bem melhor agora que foi embora de Kyoto e não tinha mais "aquela preocupação", então não achava ruim voltar a ter uma vida mais calma, se dedicando ao que tanto gosta de fazer.

Já Izana não conseguia tirar a morena de sua cabeça, isso até mesmo o estava deixando irritado fazendo descontar suas frustrações em seus homem, aqueles que não eram muito próximo dele não notaram sua alteração de humor pois ele sempre era frio e sombrio, mas seus reis celestiais logo perceberam que seu mau humor era um tanto incomum.

Ele não fazia ideia do porque se sentia tão atraído pela garota ou porque sentia tanta vontade de estar com ela, não só pela beleza ou pelos olhos que lhe transmitia algo que despertava sua curiosidade, mas porque o pouco tempo que passou conversando com ela naquela lanchonete o fez sentir uma certa paz que não sentia a muito tempo.

— Mochi! (Chamou um dos reis celestiais enquanto estava sentado em sua cadeira vermelha com detalhes em ouro na sala de reuniões da Tenjiku)

— Sim, meu Rei? (O moreno o olhou)

— Daremos uma festa esse final de semana, diga ao Hiroshi para trazer a Mizuki! (Ordenou e ele apenas concordou saindo logo em seguida) - Haitanis, a organização e com vocês! (Os irmãos deram seu melhor sorriso travesso com aquele "aval" que receberam e também se retiraram para pôr seus planos em prática ficando ali apenas o Rei e o seu braço direito)

— Está mesmo interessado na garota? (Kakucho perguntou vendo o qual pertubado seu Rei parecia para poder vê-la finalmente)

— Talvez... (Respondeu com um olhar pensativo, será que estava mesmo tão interessado assim ou era apenas pelo desafio de conseguir a garota mais linda que já conheceu?)

[...]

— Eu não vou! (Mizuki falou com certo desinteresse)

— Qual e Mizuki, você precisa ir! (Hiroshi insistia, afinal ele recebeu uma ordem e não podia deixar de obedecer, além disso, era uma forma de cair nas graças de seu Rei)

— Eu não preciso, sabe que não gosto de ir nesses lugares. (Ela disse firme tentando continuar a ler seu livro)

— Como não? (Perguntou exasperado) - Você sempre vai em festa, Mizuki! (Acusou já ficando sem paciência para a teimosia de sua prima)

— Eu vou em festa de conhecidos, não em festas de gangues, isso não é o tipo de lugar que costumo ir e tão pouco tenho interesse, não estou afim de levar um tiro na cara de graça. (A morena já estava ficando irritada, afinal quem seu primo acha que ela era, de onde ela iria ficar indo pra festas de gangues, já foi uma surpresa saber que ele fazia parte de uma e que a lanchonete dele viva cheia de delinquentes, ela não tinha que se meter nesse meio)

— Por favor, o Rei quer muito que você vá! (Ele choramingou tentando apelar para o psicológico)