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𝟮 𝗗𝗜𝗔𝗦 até eu e meus irmãos embarcarmos no avião para Paris. Eu estava extremamente ansioso, ficava contando os minutos e horas para que esse dia chegasse. Mal podia esperar para ver Beverly novamente, principalmente depois de tanto tempo.
As coisas ultimamente tem sido como antigamente, ou pelo menos eu penso assim. Beverly e eu voltamos a nos falar, mesmo que por mensagens, e consequentemente nosso grupo de mensagens voltou a ativa graças a Alahna, que quando soube das trocas de mensagens não perdeu tempo e mandou "finalmente eu posso falar como todos vocês ao mesmo tempo, já tava surtando só de ter que pensar em mandar mensagem pra cada um no privado".
Fora isso, os dias têm sido literalmente os mesmos. As únicas coisas que se diferem dos anteriores é que não tenho mais que dar satisfações a uma namorada meio maluca e agora tenho um ânimo maior na hora de fazer as coisas. E que agora Madi vem bancando minha psicóloga ultimamente, em partes porque ela decidiu que quer me fazer enxergar as coisas e em partes porque é curiosa. Palavras dela, não minhas. Ela tem me ajudado a me entender melhor, coisa que eu achava meio impossível até Madi me provar que não era.
Hoje é um daqueles dias em que ela fica no meu pé o tempo todo perguntando como eu me sinto e outras diversas coisas, e eu geralmente fujo das perguntas o máximo que posso. Em partes isso é até legalzinho de se presenciar, mas na maior parte do tempo só serve pra me estressar, o que sempre faz Nick e Chris rirem da minha cara.
Eu estava tentando arrumar minha mala, enquanto Madi ficava fazendo perguntas e Chris que estava sentado em minha cama, ria da situação. Já não estava aguentando mais, queria deixar os dois num canto e ir dormir ou fazer qualquer outra coisa que fosse me manter longe deles por um tempinho, só pra contemplar o silêncio.
[...]
Embora eu não tenha respondido as perguntas que Madi me fez em um tom que ela pudesse ouvir, eu respondi todas mentalmente. A ideia de falar tudo em voz alta não estava me agradando muito ultimamente, mas eu respondia todas as perguntas sem limitações em minha mente.
Ela me perguntava sobre como eu estava me sentindo ultimamente. Eu não dizia nada, mas em minha mente eu respondi que estava bem, que as crises de ansiedade haviam sumido há um tempo, e que desde que eu havia voltado a conversar com Beverly eu sentia que a melancolia que vivia me acompanhando nos últimos meses, havia sumido completamente.
Em seguida ela perguntava sobre minha situação com Hazel. Novamente eu me mantinha calado, mas em meus pensamentos eu repassava tudo o que aconteceu recentemente, o término, as lives de Hazel no meio da madrugada falando coisas sobre mim, as mensagens dela dizendo que não pensei nela em momento algum e que embora eu estivesse com ela meus pensamentos estavam em outro lugar, em seguida os xingamentos e as outras diversas formas que ela usou para tentar me atingir. Resumindo bem, a situação era complicada, mas ficaria desse jeito porque eu não voltaria atrás com minha palavra em momento algum, eu já tinha me decidido.
