𝟮𝟱.

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ℬ𝖾𝗏𝖾𝗋𝗅𝗒 𝒞𝗈𝗌𝗍𝖾𝗅𝗅𝗈
# 07 · november

𝗔 𝗔́𝗚𝗨𝗔 𝗤𝗨𝗘𝗡𝗧𝗘 do chuveiro caía sob meu rosto

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𝗔 𝗔́𝗚𝗨𝗔 𝗤𝗨𝗘𝗡𝗧𝗘 do chuveiro caía sob meu rosto. Meus olhos se mantinham fechados e por alguns minutos eu me esquecia dos problemas em minha vida, mas ainda assim permanecia presa em meus pensamentos. Fazem dois dias desde que eu saí do hospital, quando tive uma queda de pressão graças ao incidente em meu apartamento.

Desde então tenho ficado com meus pais, mais especificamente com minha mãe, já que meu pai trabalha o dia todo. Nós concordamos que seria melhor ficar com eles durante um tempo até que me considerassem melhor do que antes.

Algumas batidas na porta do banheiro foram o suficiente para me fazer sair de meus devaneios. E do outro lado da porta ouvi minha mãe gritar.

– Querida! Você tem visita, não demore muito. Por favor!

– Já vou sair! – gritei de volta.

[...]

Alguns minutos se passaram e finalmente desci as escadas até a sala de estar no andar de baixo, que era de onde vinham as vozes. Passei as mãos por meus fios, ainda molhados, na tentativa de me tornar mais apresentável a quem quer que estivesse ali.

Adentrei no cômodo, esperando que fosse algum dos meus amigos, mas então… Lá estava ele. Marcus. Mas dessa vez ele não parecia frio como antes, pelo contrário, parecia preocupado.

Minha mãe não sabia do atrito entre nós, então quando ele se levantou e veio até mim para me dar um abraço e dizer o quanto sentia minha falta, eu não me movi. Mesmo querendo fazê-lo mais que tudo.

– O que você está fazendo aqui? – indaguei, assim que nos separamos.

– Eu vim te ver. Fiquei preocupado com o que aconteceu dois dias atrás. – ele começou. – E ainda não tivemos aquela conversa…

– Certo… É verdade, precisamos conversar.

– Bom… Vou deixar vocês dois a sós. – minha mãe se pronunciou, se levantando da poltrona.

– Não precisa se incomodar, sra. Costello. – Marcus a interrompeu. – Na verdade eu pretendia levar a Beverly pra dar uma volta.

– Saí do hospital faz dois dias. Acho que não é uma boa ideia. – respondi áspera.

– Querida, você já está bem melhor. Se quiser ir, vá. Parece ser importante. – a mais velha disse simples, fazendo com que eu me calasse, e se virou para Marcus. – Aceita um café? Um suco?

Senti meu coração errar uma batida quando Marcus e minha mãe saíram do cômodo juntos. Pensei em ir até lá e dizer que não queria conversar com ele nem hoje e nem nunca, mas seria imaturo e insensato da minha parte, então não o fiz.

Subi até o meu quarto novamente, para me trocar e vestir uma roupa mais apresentável. Assim que encontrei uma roupa no mínimo decente, me troquei e desci, indo ao encontro do rapaz, torcendo para que eu não surtasse novamente.

𝟬𝟯 𝗼𝗳 𝗱𝗲𝗰𝗲𝗺𝗯𝗲𝗿 ' 𝖬𝖺𝗍𝗍 𝖲𝗍𝗎𝗋𝗇𝗂𝗈𝗅𝗈Where stories live. Discover now