O Halloween estava chegando, e como toda cidade norte-americana, Mystic Falls estava êxtase, abóboras iluminadas com caretas cravejadas enfeitavam às entradas das casas, quantidades exorbitantes de caveiras, esqueletos e bruxinhas decoravam a cidade, crianças já corriam, eufóricas, pelas ruas com suas fantasias. Os irmãos Winchester estavam frustrados, mesmo nos casos mais difíceis que eles enfrentaram, não tinham ficado praticamente dois dias no escuro, sem nenhuma informação que ajudasse realmente. Os irmãos passavam grande parte do dia enfurnados no quarto do motel ou então na biblioteca, lendo e pesquisando sobre vampiros e como, de alguma maneira, a cidade de Mystic Falls parecia ter a história interligada com os mortos-vivos. Depois do encontro não muito comum com Hope Mikaelson no cemitério, Sam cavou a fundo sobre a história de Stefan Salvatore, um dos irmãos Salvatore, no qual a misteriosa escola tinha prestado uma homenagem. Os sites e as informações eram restritas, foram precisos diversas camadas da deep web para encontrar informações sobre o tal Stefan Salvatore, uma ressalva importante a ser feita, era que a família Salvatore fazem parte das famílias fundadoras de Mystic Falls, o próprio pai de Stefan e Damon era um dos Fundadores.
— Muito legal a aula de história, mas na onde nosso vampiro atual entra nisso? — Dean resmungou após horas de trabalho.
— Bom... não sei. — Sam respondeu, abrindo um sorriso enorme. — Temos um amontoado de nadas e vampiros mortos, não acho que apesar de mortos-vivos, vampiros re-morrem.
— Re-morrem? Depois eu que sou o irmão burro. — Dean franziu o cenho. — De qualquer forma, precisamos fazer alguma coisa. Nem que for sair pra beber, não aguento mais ler, isso é sua praia, Sammy.
Sam suspirou, fechando o laptop. Ele sabia que o irmão estava certo, detestava ser tão pessimista, por mais que várias vezes fosse, mas agora, não parecia ter nenhuma saída para esse caso. Seu pai tinha os enviado para uma encruzilhada, mais uma vez. Sam estava acostumado com a ausência de John Winchester, o homem misterioso que colocou uma espingarda na mãos dos filhos assim que eles começaram a andar. Dean foi mais do que o irmão mais velho de Sam, foi seu pai e mãe, apesar das diferenças gritantes entres eles, Sam seria capaz de tudo para proteger Dean e vice-versa.
— Você tem razão.
Dean franziu o cenho, encarando o irmão mais novo.
— Tenho? É claro que tenho. Mas o que faremos?
— Vamos sair, beber uma cerveja, interagir com as pessoas. Papai, como sempre, esqueceu que tem filhos e não temos o que fazer. Pelo menos, se sairmos podemos encontrar algo suspeito.
Dean se levantou, caminhando até onde Sam estava sentado, agarrou o rosto do mais novo, apertando suas bochechas.
— Quem é você? E o que fez com meu irmão mais novo?
Sam o empurrou, rindo.
— Vamos antes que eu mude de ideia.
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