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Canetas, lápis, apontador, canetas coloridas e post-its.
S/n pôs tudo na mesa e arrumou a postura. O uniforme da escola americana lhe incomodava um pouco, especialmente pela saia muito curta. A senhorita Jenna já tinha deixado bem claro que não gostava daquela saia em S/n , e a menina não entendeu porque aquilo só foi dito para ela.
Era aula dela agora. A menina abaixou a cabeça e brincou com os próprios dedos, sentindo os olhares e ouvindo os cochichos. Era sempre assim. Quando se tratava da aula dela, as pessoas não entendiam e nem S/n, porque ela era a favorita da professora mais cruel da escola.
Jenna era bonita, isso era inegável. Os cabelos enormes e negros, o corpo esguio e as feições delicadas, mas sempre sérias. Era divina, mas ela não dava a mínima. Era uma tirana, passando castigos sem explicação e enchendo os alunos de deveres, trabalhos e matérias, com prazos curtos que não podiam ser ultrapassados.
Mas não para S/n. Para S/n tudo era diferente.
O brilho da luz do corredor invadiu a sala de aula e os alunos imediatamente se calaram, correndo para seus lugares. S/n ficou em silêncio, evitando levantar a cabeça enquanto ouvia os barulhos dos saltos caminhando como um filme de terror pela sala de aula. Sentiu o perfume, o cheiro caro e francês que sua professor de Física usava. As palmas das mãos suaram e ela mordeu o lábio inferior quando o corpo alto e magro parou ao lado de sua cadeira.
─ Quero os trabalhos de ontem na minha mesa, agora.
Ninguém protestou sobre ela querer os trabalhos de matemática quando hoje, ela ensinava física. Não iriam ser idiotas. S/n prendeu a respiração quando o rosto simétrico e perfeito de Jenna entrou em sua visão periférica.
─ Me entregue o seu semana que vem, S/a.
S/n era diferente. Afinal, ela era a favorita da Ortega.