𝟬𝟬𝟲. | vamos juntos?

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Lana.

MINHA TIA PARECIA SENTIR PRAZER EM me colocar em situações embaraçosas.

( como eu não fizesse exatamente o mesmo )

--- Eu joguei xadrez com aquele garoto desde dos meus sete anos. O que a tia tá achando, que vamos nos casar de repente? - eu falei enquanto Rick derigia em busca da cafetetia.

Eu precisava de um café bom, antes de me mergulhar naquele evento chato.

--- Estar te encurralando, ela fez isso comigo quando achou que eu poderia namorar a Bella, quando tínhamos aproximadamente quinze anos. - explicou, parando o carro perto de uma árvore, já que havíamos chegado.

--- Inacreditável, eu ainda me surpreendo com essas coisas dela? - questionei retirando o cinto de meu corpo com brutalidade.

--- Parece que sim. Vá, pegue o café e não demore. Não podemos atrasar. - avisou.

Assenti e desci do carro.

Me supreendi quando ao chegar no balcão avistar mason. Ele sorriu me olhando dos pés a cabeça.

--- Então o garoto rico tem uma vida secreta. - falei usando ironia na fala. --- Impressionante.

--- Comecei a pouco tempo, quero dizer, a uns 3 dias. - respondeu.

--- Eu não te vi ontem, eu estava aqui. - falei.

Ele deu um sorriso frouxo.

--- Eu te vi. - respondeu como se fosse uma competição.

--- Estava escondido? - brinquei.

--- Não, eu pensei em ir falar com você, mas parecia errado atrapalhar seu diálogo sobre o terninho da Hillary chilton com ruby. - ele disse me fazendo rir ao lembrar.

Meus assuntos costumavam ser tão estranhos.

Quase entramos em terceira guerra por isso. Bobo, eu sei.

--- Entendi, que tal me servi um café? - falei e ele sorriu. Ficou parado olhando em meu rosto em transe, parecendo esquecer do meu pedido.

--- Eu não tenho muito tempo, sabe. - falei, meio sem jeito.

--- Ah sim, desculpe! - disse, se apressando pra pegar o meu café. --- Como quer?

--- Com bastante creme, e ao leite. - pedi.

Enquanto o via preparar o café, tive uma brilhante ideia. Uma que daria pesadelos a minha tia a noite.

--- Ei, fiquei sabendo que vai para o evento na casa dos elliott. - comentei.

Ele levantou o olhar, direto a mim. 

--- Você é bem informada, vou sim. - falou terminando, por último encaixando a tampa ao copo.

--- Não subestime meus poderes as informações. Bom...

Como posso dizer...? Fiquei nervosa pra pedir a ele.

--- Mas alguma coisa? - entregou meu pedido. --- Parece tensa.

Claro, porque disfarça não é meu forte.

--- Sabe, minha tia meteu a louca como de costume, aparentemente ela quer me da um empurrãozinho em relação a minha vida amorosa, e nada melhor do que escolher a pessoa, Nicolas, carinha que me tira do tédio nesses eventos jogando xadrez comigo desde dos meus sete anos de idade. - expliquei com a velocidade de um foguete lançando no espaço.

--- Uau. - disse. ---- Você fala rápido. Mas, o que quer dizer?

--- Quero dizer que não estou afim de sair com ele. Então quer fingir que vamos juntos no evento? Não juntos tipo, casal oficial. Mas sabe, vamos sair dali depois de acabar e vamos a uma sorveteira ou a um cinema como foras da lei. E isso vai causar grande impacto em minha tia. - dei uma pausa recuperando o fôlego gastado na fala rápida. --- Porque ela não gosta de você.

--- Quer sair comigo por que sua tia não gosta de mim? Você é terrível.  Ok, você estar com sorte hoje ruivinha. - disse, olhando o relógio que estava em seu pulso.

--- Sério? Você é um anjo. - falei sentindo uma alegria momentânea.

--- Todos dizem isso. Vou sair daqui a cinco minutos, te vejo lá. - respondeu rindo nasal.

--- Tchau. - falei agarrando meu café, logo me retirando.

Ele acenou dando um pequeno sorriso fofo.

Entrei no carro de meu irmão, com um sorriso e olhar de quem ganha a guerra.

--- Demorou em, que olhar é esse? - ele perguntou curioso.

--- Olhar de quem vai tirar o sono da tia a noite. - respondi, como aquelas crianças que planejam assaltar a geladeira a noite.

--- Não diga...o que fez? - questionou com preocupação.

Meu irmão sabia que muitas vezes eu fazia o que vinha à telha.

--- Vou sair com um garoto que ela não gosta. - digo-lhe.

Ele balançou a cabeça, mordendo os lábios com olhar de crítica de sempre.

--- Não parece uma boa ideia. Qual é laninha, você não tem mais cinco anos.

--- E que de pior pode acontecer, Um grupo de polícia canadense vim me prender? - zombei.

Ele ligou o carro.

--- Ela só não vai te colocar de castigo porque nossos pais estaram aqui semana que vem, então ela provavelmente não vai querer um clima estranho reinando sobre a casa. - ele lembrou.

--- Isso mesmo. - respondi com o sorriso ponta a ponta.

Isso vai ser o tipo de coisa que eu vou rir quando tiver os meus setenta anos.

𝐅𝐔𝐍𝐍𝐘 𝐆𝐈𝐑𝐋 ; 𝗆𝖺𝗌𝗈𝗇 𝗍𝗁𝖺𝗆𝖾𝗌.Onde histórias criam vida. Descubra agora