𝐅𝐔𝐍𝐍𝐘 𝐆𝐈𝐑𝐋 ; 𝗆𝖺𝗌𝗈𝗇 𝗍𝗁𝖺𝗆𝖾𝗌.

𝟬𝟬𝟳. | ruivinha!

Lana.

QUANDO RICK E EU CHEGAMOS, eu fui a procura de ruby. Para qualquer pessoa procurar ruby naquela casa seria praticamente uma missão impossível, a casa era absurdamente grande. Mas para mim o problema tava mais nas pessoas. Parecia que eu estava num formigueiro onde as formigas não davam espaço para eu passar com minhas folhas nas costas.

--- Lana querida! - senti uma mão leve sobre meu ombro, e a voz mais familiar que se pode ouvir.

--- Finalmente alguém que eu conheça! - a abracei mais forte que pude.

--- Você já conheceu algumas pessoas daqui. - ruby lembrou.

--- Sim, mas você acha que eu lembro de uma criança sequer?

Ela riu nasal.

--- Eu acredito. - respondeu. --- O Nicolas tava te procurando.

--- Nem me fala. - resmunguei.

Se afastou do abraço.

--- O que tá acontecendo?

--- Minha tia tá jogando o Nicolas pra cima de mim. - respondi.

--- Uau. - ela gruniu com uma expressão assustada. --- O cara é feio pra caram...

--- Ruby! - tampei sua boca com minha mão rapidamente. --- Não fala essas coisas aqui.

--- Como se eu tivesse cometendo um crime. - murmurou.

--- Amadora! - a voz empolgante veio atrás de mim, se aproximando.

Amadora era um jeito que Nicolas costumava me chamar, raramente me chamava pelo nome. Amadora porque eu gostava de filmes de romances, e sempre em eventos eu falava sobre eles com Nicolas.

--- Nicolas. - respondi, forçando aquele sorriso sem graça.

--- Como estar? - ele quiz saber, seu sorriso aumentava.

--- Estou bem...e você? - fui pra perto de ruby, ficando lado a lado com ela.

--- Bem também, sua vó mim disse que estar sozinha. - ele comentou.

Sozinha ?

--- Ruby. - susurei com um olhar desesperador pra minha amiga, que contia suas risadas.

--- Quer jogar xadrez? - perguntou se aproximando.

--- Eu...eu...

Pensa, pensa, pensa, pensa...

A silhueta de Mason surgiu como uma salvação.

--- Ruivinha! - disse ele, fazendo o olhar de Nicolas ir diretamente à ele.

--- Quem é você? - questionou pesquisando mason.

--- Sou mason. - ele respondeu, com a mão estendida a Nicolas que deu de ombros na mesma hora levando aquilo como uma afronta.

--- Mason, que bom que veio. - falei.

--- E quem rejeitaria um pedido seu? - falou, jogando charme.

Charme parecia um dom para ele.

--- Vocês parecem próximos. - disse Nicolas.

--- Bem obeservado. - mason foi até mim, pondo seu braço em volta do meu ombro.

Nicolas franziu o cenho, olhando desentendido.

Ruby olhou para mim dando um sorriso de lado.

--- Temos que ir, foi bom te conhecer, cara. - mason falou.

Nicolas continou sem entender.

--- Perai, vão pra onde? - perguntou ruby, atenta.

--- Ao shopping. - respondeu mason.

Ruby empurrou a cabeça pra trás, soltando um arzinho de tédio.

--- E eu vou ficar sozinha? - questionou.

--- Miguel veio, pode ficar com ele se quiser. - ele disse.

Ruby com certeza iria querer.

Seu semblante mudou.

--- Espera. - ela puxou meu braço, se afastando um pouco de mason.

--- Que foi?

--- No encontro tente diálogar com ele, e por favor não fale sobre os filmes de comédia que você assisti e nem sobre nada que te faça parecer anormal. - ela explicou com precisão.

--- Ruby. - digo, querendo rir. --- Não é exatamente um encontro.

--- Só estou fazendo isso porque minha tia tava querendo jogar o Nicolas pra cima de mim, e também ela não gosta do mason. - respondo.

Enrugando a testa disse:

--- É sério isso? Mas mesmo assim, leve o conselho consigo. - lembrou.

--- Ruby eu...

Ela interrompeu.

--- Vai. - disse.

Me afastei, descendo as escadas com mason. Avistei minha tia, perto de uma mesinha com drinks sem álcool.

Não podendo perde a oportunidade de irritar ela, puxei mason. Então desfilei até ela.

--- Oi tia. - disse, com um sorriso se ponta a ponta.

Era engraçado ver seu olhar intrigado, misturado com raiva.

--- Lana? O que ele faz aqui? - quiz saber, olhando mason de cima a baixo, com desprezo.

--- Eu e mason vamos da uma saída. - respondi com uma alfinetada no tom.

--- Sair? - disse erguendo uma de suas sobrancelhas. --- Sair pra onde?

--- Ao shopping. - respondi.

--- Não pode sair. - falou, com seu tom de autoridade.

--- Por que não? - questionei.

--- Estamos no meio de um evento. - disse. --- Mason querido, nos dar licença por favor. - pediu.

Mason se afastou olhando pra mim.

--- Tá me provocando, né? - ela disse, surgindo uma linha no meio de suas sobrancelhas.

--- Eu? Não.

Torceu a boca, dando de ombros.

--- Lana, eu te conheço.

--- O que faz sentindo já que estou com você desde dos meus seis anos. - falei.

Ela já estava impaciente.

--- Não sei qual seu intuito com isso, mas sei que não vai sair daqui para lugar algum. - avisou.

--- Pois eu digo que vou. - respondi, a deixando ali.

Ela provavelmente viria atrás de mim, ou algo do tipo, mas alguns de seus amigos chegaram para conversar com a mesma.

Fui até mason que mexia em um jarro de flores de margaridas bem vividas.

--- Senti que ela iria puxar cordas e te amarrar no porão. - brincou mason, se referindo a minha tia.

--- Talvez um outro dia.

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