Protect me - Englot

I'm sorry, my love

Oiii! Pela segunda vez hoje, eis-me aqui!☺

Boa leitura a todos!!!

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New York, 21:55, Sexta-feira.

Meus pensamentos estão dançando em minha cabeça desde ontem. Eu não deveria ter feito aquilo. Deveria ter esperado ela falar, deveria ter entendido seu lado da história, deveria ter ficado lá e conversado, mas não, saí sem dizer para onde a agora não tem mais volta. Resolvo tentar consertar meu erro agora mesmo e voltar a casa de Engfa, mesmo sendo tarde.

...

Chego ao portão da casa e respiro antes de pegar o molho de chaves no bolso, enfiar na fechadura e girar duas vezes, destravando a passagem. Minha entrada na portaria do condominio já era livre a um tempo, desde que comecei a frequentar mais aqui, então não tive problema algum em passar por lá.

Sigo rumo a porta de cabeça baixa para proteger meu rosto da chuva que caia em NY. Os blocos de Quartzo molhados que formam o caminho no chão fazem barulho ao se chocar com meus passos lentos. Eu repito o que fiz no portão, na porta, a abro e entro. O local escuro me chama a atenção. Engfa não costumava já estar dormindo a esse horário.

Dou uma volta na casa, vasculho a cozinha, escada varanda, despensa, só não o óbvio. Quando me dirijo à sala, o que deveria ter feito assim que cheguei, Engfa acabara de acordar e me olha com os olhos entreabertos, deitada no sofá.

- Charlotte? - Diz, se sentando rápido.

- Sim... podemos conversar? - Pergunto sem jeito e ela assente.

- Claro, sente-se. - Dá um tapinha no assento arrumando o cabelo com uma das mãos.

Eu obedeço e me acomodo a seu lado. Observo cada centimetro de seu rosto. Ela parece cansada, como se não houvesse dormido bem. Tenho medo de ser o motivo disso.

- Antes... - Penso direcionando o olha para minhas mãos sobre as pernas. - Posso te dar um abraço?

Ela aceita com a cabeça e abre os braços, eu me entrego alí enquanto rodeio seu corpo com as mãos. Como era bom sentir seu toque, seu cheiro, seu calor.

- Você... Você tomou chuva? - Pergunta, reparando minhas roupas levemente molhadas.

- Só um pouco do carro à porta, nada de mais. - Digo abafado por seu ombro.

Fico alí por mais alguns segundos sentindo sua respiração em meu pescoço.

- Me desculpa. - Digo, me segurando para não chorar, ainda agarrada a ela. - Eu sei que fiz errado.

- Não precisa pedir desculpas, eu errei também. - Nos soltamos. - Errei quando não te falei a verdade, quando te deixei ir sem esforços para te fazer ficar.

- E eu deveria ter te ouvido mais. Te entendido quando tentou me explicar.- Desvio o olhar para o tapete felpudo em busca de conforto visual. - Jamais deveria ter saido daquele jeito.

- É... pois é. - Ela claramente concorda. - Eu teria te explicado melhor se tivesse ficado. Não precisava ficar daquela forma.

- Eu sei... mas não pensei na hora. Agi por impulso. - Apoio os cotovelos na perna, ficando sentada no sofá, analizando a aliança em meu dedo. - Nem parece que foi ontem. - Me refiro ao anel, sorrindo de leve. - Eu arruinei tudo. Acabei com o pedido de namoro que tanto queria fazer para pessoa que eu amo por causa de um ciúme besta.

- Ei... Não é só sua culpa. - Ela se encosta a mim e passa o braço por meu ombro, acariciando a área. - Eu quem deveria ter feito diferente, ter te contado desde o primeiro dia. Você não tem culpa sozinha.