Em um mundo onde a magia sussurra segredos obscuros e o poder é uma lâmina afiada, duas famílias lendárias, Malfoy e Wyrmwood, não são apenas parte dos Sagrados Vinte e Oito; elas são guardiãs de um legado envolto em sombras e traições. Após escapar...
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Enquanto me trancava no banheiro, a dor de cabeça martelava e minhas mãos tremiam incontrolavelmente. Era uma sensação estranha, pois, pela primeira vez, eu estava genuinamente nervosa com uma missão. Não era como quando fomos encarregados de matar Dumbledore, onde o fracasso significava morte certa. Desta vez, a ansiedade era diferente, mais parecida com impotência, uma sensação de total falta de controle sobre o que estava por vir. A importância de não falhar era esmagadora, e isso me deixava desconfortável, pois não estava acostumada a sentir-me assim. A única reação que consegui foi rir, uma risada nervosa que parecia ser a única forma de aliviar a tensão que me consumia. Em breve, iríamos atrás de Harry Potter, e eu precisava me recompor para enfrentar o desafio que nos aguardava.
Eu e Severus estávamos preparados para enfrentar as consequências, mas isso ia de encontro a tudo o que eu havia feito até então. Era uma inversão completa do que eu representava, uma violação da minha zona de conforto. Nunca me preocupei com Potter; ele nunca mereceu um pensamento fugaz de interesse, e, ainda assim, ele ocupava um lugar em meu palácio mental. Agora, eu me encontrava preocupada não comigo, mas com ele, e principalmente com os sentimentos complexos de Severus em relação a ele. Céus, Potter tinha um dom para penetrar nas pessoas; ele era irritantemente bom, mas eu via além: Potter não era um santo, havia escuridão em seu interior. A questão era saber se essa escuridão vinha de ser uma Horcrux ou se ele realmente era uma pessoa de moral duvidosa, com medo de se revelar. Maldita moral Grifinória, que parecia me envolver em suas teias de virtude e dúvida.
Se algo acontecesse com Harry Potter, Severus ficaria emocionalmente arrasado, e nós seguiríamos o mesmo destino fatal. O Lorde das Trevas não permitiria que alguém com nossa influência vagasse livremente. Em vez disso, seríamos condenados a um fim terrível: um Avada Kedavra nos levaria à morte, e nossos corpos seriam enterrados nas entranhas de Nagini, ou o que ela conseguisse consumir antes que o tempo nos transformasse em presa para vermes e outros animais carniceiros. A ideia de tal destino era aterradora, um lembrete sombrio do poder implacável de Voldemort.
Céus, agora estávamos irremediavelmente presos em um caminho sem volta. Nossa própria existência pendia por um fio, dependendo da vitória de Potter, mesmo que isso significasse sermos engolidos pelas sombras de Azkaban. Nem Narcisa, nem mesmo Draco; eu faria o impossível para protegê-lo daquele abismo sombrio. Ele era um anjo em meio a demônios, merecia algo melhor: uma vida mais digna, uma esposa que não escondesse segredos dele, que não o sufocasse com mentiras e silêncios. Mas eu era egoísta e possessiva o suficiente para me deleitar com o fato de que Draco não poderia ter ninguém mais em sua vida além de mim. Era um pensamento cruel, talvez, mas eu não podia evitar. Então, espero que ele me perdoe, já que não tem muita escolha; afinal, ou serei eu, ou não será mais ninguém. E nessa escolha, eu estava disposta a fazer o que fosse necessário para mantê-lo ao meu lado, mesmo que isso significasse carregar o peso de segredos e mentiras por toda a eternidade.