Capítulo 5 - "É ela"

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A viajem para Califórnia havia me deixado pensativo, meu irmão conseguia mexer com o meu psicológico; aquelas palavras doeram mais que uma facada

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A viajem para Califórnia havia me deixado pensativo, meu irmão conseguia mexer com o meu psicológico; aquelas palavras doeram mais que uma facada. Ninguém estava lá comigo, ninguém viu ou sentiu o que apenas eu senti ao ver a minha irmã morta em minha frente.

O caos que aquele dia deixou em minha mente me atormenta todos os dias, pensar em Lya me deixa atordoado, e me faz questionar se eu fiz mesmo todo o possível por ela.

Logo depois de deixar Lucy em sua casa, chego em meu apartamento e sinto a solitude daquele cômodo vazio, mas também uma paz interior ao saber que estava longe do meu pesadelo chamado Dominic. Deixo minha mala sobre a cama e vou logo me arrumar para ir ao trabalho, o chefe do hospital já estava ficando louco de tanto me ligar.

Tomo um banho rápido e visto as mesmas roupas de sempre, apanho as chaves do carro e saio do apê; durante o caminho decido passar na cafeteria que eu havia passado outro dia, precisava me certificar de que não estava louco e também precisava de um café.

Estaciono em frente ao estabelecimento e desço me certificando de trancar as portas do carro, e sigo para dentro da cafeteria. Aquele cheiro agradável de café fresco invade minhas narinas, minha boca chega a salivar, escolho me sentar na mesma mesa da outra vez.

Por incrível que pareça Siattle estava ensolarada, aquela manhã estava acolhedora, os raios de sol batiam no vidro e formavam pequenos arco-íris pelo chão da cafeteria; estava distraído e não percebi a garçonete se aproximar.

— Bem vindo ao Divino Café, no que posso ajudar?

A voz doce invadiu meus ouvidos como uma melodia suave de Beethoven, levanto meus olhos em direção a moça em minha frente. No momento em que a vi senti meu coração bater descompassado, pisquei algumas vezes para ter certeza de que desta vez eu não estava sonhando.

Aqueles olhos azuis que eu só via em meus sonhos estavam me encarando, acompanhado de um belo e largo sorriso, a garota em minha frente era exatamente igual a que dominava meus pensamentos.

Sem pensar muito no que estava acontecendo eu só consegui dizer aquelas palavras:

— Eu te procurei por tanto tempo! — digo sem pensar nas consequências dos meus atos.

— Perdão? — ela olha para os lados um pouco confusa.

Caí em mim novamente e percebi o que estava fazendo, volto para a realidade e tento me recuperar daquele leve surto. Abaixo minha cabeça e penso rápido em uma estratégia de contornar aquela situação constrangedora.

— Me desculpe, acho que eu te confundi. — tento disfarçar o nervosismo.

— Sem problemas, eu tenho um rosto bem comum — ela responde gentilmente. — Já sabe o que vai pedir?

— Apenas um café, por gentileza! — digo sem ter contato visual.

— É pra viajem?

— Sim.

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