Victor Evans é um dos cirurgiões mais bem pagos de Seattle. Um homem fechado para os sentimentos e com uma personalidade forte. Tem vivido dias de tormentas, desde quando começou a sonhar com uma mulher misteriosa.
Por coincidência do destino, exis...
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Aquele dia que saí da casa de Mavie, sem sapatos e com o sorriso imenso em meu rosto, com certeza foi o dia mais inesperado da minha vida. A sensação de felicidade me consumia por dentro, meus pensamentos eram totalmente para ela. Mavie tomou o meu coração para si e eu estava feliz em relação a isso, era um pouco assustador mas eu me sentia preparado para amar outra vez; e iria espera-lá o tempo que fosse necessário.
Nem me dei ao trabalho de passar em casa para me trocar, afinal eu estava atrasado, por sorte eu sempre deixava algum par de sapatos dentro do carro.
Cheguei ao hospital pronto para mais um dia de trabalho. Ao entrar, senti a familiar sensação de conforto ao vestir meu jaleco branco. Caminhei até o quadro de cirurgias, verificando os procedimentos agendados para o dia. Enquanto me concentrava nos nomes e horários, algo chamou minha atenção.
Lá estava ela, Elifh. Uma figura que instantaneamente trouxe à tona memórias de nossa infância juntos. Seus olhos encontraram os meus e um sorriso genuíno se formou em nossos rostos. Elifh havia se transformado em uma mulher espetacular, e não pude deixar de notar sua elegância e beleza.
Nos aproximamos um do outro e, sem hesitar, nos cumprimentamos com um abraço caloroso. Foi como se o tempo não tivesse passado, e todas as lembranças de nossa amizade de longa data vieram à tona naquele momento. Era reconfortante ver como, apesar de todas as mudanças que a vida nos trouxe, nossa conexão ainda permanecia forte.
— Elifh, quanto tempo! Como você está? — Digo animado com a sua presença.
— Estou bem, obrigada. E você? Parece que está sempre ocupado com o trabalho.
— É verdade, os plantões têm sido intensos ultimamente. Mas é bom encontrar um momento para rever velhos amigos. Como têm sido as coisas para você?
Seu sorriso continuava o mesmo, travessa e levada.
— Ah, você sabe como é... altos e baixos. Mas estou seguindo em frente. E você, como está Dominic? — Vejo seus olhos brilharem ao citar o nome de meu irmão.
— Dominic está bem, obrigado por perguntar. Ele está morando por aqui também, focado em sua carreira. Às vezes, sinto falta dos tempos em que éramos todos mais próximos.
Eu realmente sentia falta, nós fomos muito unidos quando crianças.
— Eu também sinto falta daquela época. Parece que foi ontem que estávamos todos juntos, sem preocupações.
— É verdade. Mas mesmo que as coisas tenham mudado, ainda é bom poder compartilhar momentos como este, não é?
— Com certeza. Às vezes, é reconfortante relembrar o passado e ver como nossos caminhos se cruzaram novamente.
Animado com a chegada de minha amiga, tive a brilhante ideia de levá-la para ver Lucy, as duas nunca se deram bem. Mas como sou amigo das duas, eu queria muito que se entendessem. Entrei no elevador junto com Elifh e seguimos para a sala da psicóloga.
