Em um universo onde a magia transcende as páginas conhecidas da saga Potter, esta história reveladora mergulha nas sombras que envolvem a família mais célebre do mundo mágico. À medida que os véus do passado são erguidos, uma destemida protagonista...
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Audrey acordou às oito da manhã seguinte, sentindo-se excitada e nervosa demais para voltar a dormir. Vestiu uma jardineira combinando com um cropped e tênis brancos. Decidiu deixar seus cabelos ruivos dourados soltos, fez seu típico delineado, pegou seus óculos de sol e o gloss de cereja, colocando-os em uma bolsa de mão junto com o celular. Após revisar a lista de materiais de Hogwarts para ter certeza de que estava tudo em ordem, verificou se Dynamet – sua fênix – e Cristy – sua cobra – estavam bem acomodadas. Desceu para a sala onde deixou suas coisas e caminhou até a cozinha.
Depois de tomar o desjejum e se despedir de Scar, apparatou no meio da multidão na estação King's Cross exatamente às 10:00. Colocou as coisas em um carrinho e começou a empurrá-lo pela estação. Observou um grande nove de plástico em uma plataforma e um dez na outra, mas no meio não havia nada.
Audrey sentiu a boca seca. O que faria? A animação da noite anterior fez com que não prestasse atenção em como encontrar a plataforma, e agora estava começando a entrar em desespero ao atrair olhares curiosos por causa da cobra – já que sua fênix teria recebido instruções para voar até Hogwarts sozinha. Precisava perguntar a alguém.
"Será que devo bater em algum tijolo, assim como era feito para entrar no Beco?" pensou.
Ao olhar para o grande relógio acima do quadro que anunciava os trens, percebeu que só lhe restavam dez minutos para embarcar no trem de Hogwarts, e ela não fazia a menor ideia de como fazer isso. Sentia-se perdida em uma estação cheia de trouxas, com uma mala que mal conseguia levantar e uma cobra... uma cobra, é claro.
– Cristy, diga-me, você sabe como entrar na plataforma? – disse Audrey, esperançosa.
– Sinto muito, querida, mas essa é uma pergunta que não sei responder... – respondeu a cobra em um sussurro.
Naquele instante, Audrey viu um grupo de pessoas passando por suas costas e entreouve algumas palavras do que diziam.
–... Cheio de trouxas, e claro...
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Audrey deu meia volta. Era uma mulher de estatura baixa e robusta que se aproximava com cinco meninos, quatro de cabelos ruivos e um moreno que Audrey reconheceu imediatamente como Harry Potter. Cada um deles conduzia um carrinho com uma mala semelhante à dela – e todos traziam uma coruja. Com o coração aos saltos, Audrey os seguiu a uma distância segura, empurrando seu próprio carrinho. Quando pararam, ela fez o mesmo, aproximando-se o suficiente para ouvir a conversa em meio ao barulho da estação.