1. PROVOCAÇÕES LOGO CEDO?

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— Você está sorrindo com os olhos, amor. — Charlie, com um sorriso de orelha a orelha, reluzente e belo, diz para mim, com os braços ainda envolvendo o meu pescoço.

Como eu amo o seu sorriso.

Como eu amo esse garoto.

O meu garoto.

Eu firmo a pegada em sua cintura, mantendo-o perto de mim, da maneira que eu gosto. Inclino a cabeça, parando a minha testa contra a sua e fazendo com que os nossos narizes se toquem. Fecho os olhos, respirando o sabor do momento.

— Não é óbvio isso?! — solto, dançando com ele no meio do seu quarto. Agora que terminamos de pegar as coisas que o Char irá levar para a minha casa, tudo é como um frio na barriga antecipando algo que é bom, que de tão bom causa um friozinho na barriga de ansiedade para que o momento chegue logo. — Não é sempre que temos a casa, à noite, toda para nós.

Ele segue o ritmo comigo. Numa dança lenta e sem música. São nesses momentos que sinto mais vontade de repetir mil vezes que eu o amo — que eu amo nossos momentos, quando o que desejamos dá certo, quando sinto essa conexão que estou sentindo agora, com ele.

— Verdade — meu namorado afirma —, a última vez foi...

Charlie faz uma pausa, fazendo com que eu ergue a cabeça e veja o sorriso travesso em seus lábios. Eu sei qual foi a última vez em que tivemos a minha casa toda para nós, à noite, e o que rolou também.

— ... quando perdemos a virgindade. Eu sei. Eu estava lá.

Charlie cora, abaixando o olhar travesso.
Quando ele volta a erguer, já está dizendo:

   — E foi naquele dia que você me fez o cara mais feliz do mundo — então, ele volta a me abraçar com força. Respiro o cheiro do seus cabelos, apertando-o forte também. — Ah, e que sexo dói, dói demais, mas é bom. Rá.

   Sorrimos.
   — Você não reclama quando eu meto com força — dissimulo, olhando em seus olhos.
Ele me encara, vejo a curvatura dos seus lábios se mover em um novo sorriso.

   — Não mesmo. — Charlie se inclina, se apoiando nas pontas dos pés, e sussurra em meu ouvido — eu gosto! — E sai, indo pegar a sua mochila com os seus pertences: seu pijama, escova de dentes, lubrificante. Eu o sigo.

   — Como é que é, senhor Charlie Spring?

   — Foi o que você ouviu — ele brinca, colocando a mochila nas costas.

   — Não, não ouvi, não — murmurei, pegando-o por trás, ao seu ouvido. — Pode repetir?

   — Não — ele negou com a cabeça, em um gesto expressivo —, é melhor você lavar as orelhas...

   — Você faz isso hoje à noite, quando tomarmos banho juntos, logo após eu... brincar com você no banheiro.

   — Logo após o quê? — ele indaga.

   Xeque-mate, é a minha vez.

   — Foi o que você ouviu — disse, me aproximando dele, ao seu ouvido, mordendo-o, de leve, em seguida. — Agora vamos, temos planos para serem colocados na minha casa.

   — Estou ansioso por esse planos — Charlie murmurou, dando um tapinha na calça de moletom que eu vestia, bem na minha região íntima, acertando o meu pau. Logo em seguida, ele saiu correndo do seu quarto.

    — Charlie, volta aqui — chamei-o, correndo atrás dele, sorrindo.
   Provocações logo cedo... Ah, o meu Charlie.





Continua...

Heartstopper: Forte de Travesseiros (um conto 🔞)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora