Capítulo 3- Terror

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Elisabeth

- Amiga, oq aconteceu? - Escuto a voz de Martina em meus ouvidos. E fico surpresa por ela acordar. E solto um suspiro de alívio.

- Você tá bem?... - Pergunto, vendo ela machucada, e ela assente.

- Acho que sim... - Disse, passando a mão em seus cabelos pretos. - Droga... - Ela resmunga.

- E agora oque fazemos? Aqui não tem nem um posto de gasolina perto, e estamos sem sinal, pra piorar.

- Eu não sei... O único jeito é sair e ver se o carro está em condições de dirigir. - Falo pra ela, eu também não sabia oque fazer, a gente estava inércia em uma estrada escura, longe de todos, até da minha casa mesmo. Eu realmente não sabia oque fazer, o único jeito é rezar para que o carro pegue.

-Oque houve com o meu carro? Droga... - Martina murmura, ligando a chave, mas sem chances, não dá um sinal de vida.
E começo a rir, não sei se era de desespero, ou sei lá oque.

- E você ainda ri.. Numa hora dessas.. A gente podia ter morrido. - Martina bufa com raiva, por eu achar graça da situação.

- Mas também, tem um tronco de árvore na frente, e ainda você atropelou o coitado do gambá. - Falo rindo, e ela sorri.

- Para... Eu não vi ele... - Ela se defende, em meio ao riso. A gente não deveria achar graça de uma situação como essa, e sim deveríamos ficar com medo, com muito medo, de estarmos completamente sozinhas no meio de uma rua deserta. E sim, isso era muito assustador.

- E aquele homem aonde ele está? - Martina, contínua acariciando seu cabelo.

- Não sei... Ele sumiu... - Falo nervosa. Não quero que ele apareça, não agora, e rezo por pensamento para que isso não aconteça, ainda mais agora que estavamos paradas, dentro do carro.

- E se ele aparecer de novo? - Martina pensa em várias possibilidades. E começo a ficar nervosa novamente.

- Não pensa assim, ele não vai aparecer, ok? - Tento amenizar a situação, horrível, é oque eu espero. E ela assente, meio triste.

- Será que meu carro bateu muito o capô? Deveríamos sair ver? Eu estou muito preocupada com meu carro, eu comprei ele esses dias, para acontecer isso... Viu oque dá você morar nos fim de mundo? - Ela berra, como se a culpa fosse minha, oque não era. Eu sabia que não deveríamos ter ido nesse cassino.

- Você que quis ir na porra de um cassino, ta legal? Eu não estava nem um pouco afim de ir... - Deixo escapar, já bufando. E vejo ela revirar os olhos.

- Mas, a gente não vai mais... Ta feliz agora? Você não queria ir, e ouviram suas preces, parabéns! - Ela sorri, irônica, mechendo os braços de um jeito que estava com raiva.

E faço careta pra ela, emburrada. -Como se a culpa fosse minha...

- Talvez seja... Você que se mudou para esse fim do mundo, horrível e além do mais eu bati meu carro pra vir te buscar... Meu carro! Você não entende isso? - Ela berra dessa vez, parecia mesmo ter saído do controle. E reviro os olhos, com uma tremenda vontade de sair daquele carro e nunca mais voltar.

- Podia calar a boca, pelo menos um segundo? - Falo bufando, com uma mão encostada no vidro do carro, e a outra na cabeça.

- Não, Elisabeth! Você é completamente louca, isso sim, de se mudar nesse lugar retirado de todos! E sim, eu amo meu carro mais que tudo, sempre foi meu sonho ter esse carro me entende? Ele é uma BMW m4 preta, do jeito que sempre sonhei, um conversível de luxo! - Ela grita dessa vez, mechendo suas mãos e se escora no banco de raiva.

CRIMINOSO OBSESSIVO Where stories live. Discover now