Dia 08 • Maratona de bicicleta

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AQUELA MENSAGEM DO PARKER FICOU martelando a minha cabeça durante a manhã inteira. Aquele ciúme bobo que senti foi em vão?

Eu não sabia como reagir aquilo, facto que não respondi e prossegui com os meus afazeres.

Pela manhã, eu comentei sobre tudo com a Stephanie, e ela me disse que eu sempre devia seguir o coração e não cometer erros.

Mas as vezes isso era impossível. Nem sempre as emoções estão certas, mas também, nem todo mundo tem um raciocínio mais lógico que as razões emotivas.

Eu e Emily nos sentamos com os rapazes dessa vez no refeitório, pois ela tinha uma mensagem importante para os dar. Eu claro, tentei tirar qualquer informação dela, mas disse que era surpresa.

Dylan e Timothee estavam os dois com fones de ouvido escutando rifles de guitarra no YouTube e Luke estava ensaiando algumas notas da bateria na sua bandeja usando os talheres como batutas.

Gregory estava sem alguma expressão emotiva no rosto. Apenas observava as pessoas fazerem o mesmo de sempre nas suas mesas.

— Eu tenho uma notícia bombástica, rapazes! — Emily gritou, assim que sentamos nos espaços livres.

— Desimbuche — Luke falou para a namorada, beijando a sua bochecha e ela corou.

— Bem, na sexta à noite terá a festa de reinauguração da empresa do meu pai aqui em Broken Hill e eu o convenci a ter música ao vivo com uma certa boyband que eu conheço — Emily aumentou o sorriso no rosto. — Eu marquei um concerto para vocês!

— Espera... Isso é sério? — Greg animou-se. — Nós temos um concerto?

— Sim. E o melhor, é que o meu pai tem amigos de diversas áreas e o meu tio George é um produtor musical de Hollywood. Provavelmente vocês conseguirão um contrato se mostrarem o melhor do vosso repertório — minha amiga disse. — Sei que o tempo é curto, mas ensaiem muito e mostrem do que vocês são capazes, meus ratinhos.

— Caralho! Valeu amor — Luke acariciou a bochecha da namorada e eu olhei para minha amiga com um sorriso provocativo.

— Então acho melhor nós irmos andando até a nossa toca, não é, Ratos? — Timothee olhou para os companheiros e eles levantaram-se dos bancos.

— Eu vou indo para casa, tenho um compromisso mais logo — avisei-os, também me levantando.

— Espera, Steph. Eu tenho que falar com você — Emily pediu e eu já sabia do que se tratava. — Vamos para a casa de banho.

Assenti e nós as duas fomos até a casa de banho feminina, que tinha mosaico cinza no chão e paredes com listras rosas no centro.

Emily verificou se tinha mais alguém e quando teve certeza que estávamos sozinhas, trancou a porta e voltou a me encarar com um ar nada simpático.

— Qual foi aquele furo do cinema ontem, miúda? Você sabe o quão insuportável foi ficar de vela com aqueles dois? E o pior, eu deveria ser a pega vela de você e ele, não dele e dela! — Emily explodiu em questão de segundos.

— Eu não estava me sentindo bem! — Justifiquei e boa parte era verdade.

Ver aqueles dois de chamego não foi nada agradável, deu-me náuseas.

— Bastava teres me avisado. Olha, Molly, eu me importo mais contigo do que comigo mesma, e eu nunca vou me zangar com você, eu só queria explicações, mais nada.

— Me desculpa, Emy — eu baixei a minha cabeça envergonhada. E porra, ela sempre tinha razão.

— Não precisas pedir desculpas, eu não deveria falar desta maneira, mas era o que estava dentro de mim e entre nós duas nunca houve segredos.

Trinta Dias Para Amar VocêOnde as histórias ganham vida. Descobre agora