Capítulo 4 • Reconexão

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No dia seguinte, a trouxe para casa, e durante o percurso, o mesmo silêncio das minhas visitas continuam nos acompanhando, no entanto, dessa vez eu mal conseguia iniciar qualquer assunto, não que ela vá responder. Todavia, isso não me preocupava, visto que minha empolgação apareceu quando finalmente chegamos a nossa casa antiga, que, apesar de já estar envelhecida pelo tempo, ela jazia nossas lembranças, as quais esperava discernir se eram mais boas do que ruins pela expressão da Eva.

Eu reconstruí algumas partes da casa no dia que assinei o divórcio. Cheguei perto de demolir tudo, no entanto, minhas condições financeiras não correspondiam com as minhas revoltas, por isso, não houve a reforma completa tampouco a compra de uma casa nova. Dessa forma, esperava imensamente que Eva aceitasse, caso contrário, deveria considerar o aluguel.

– Devo dizer que na verdade eu tenho planos para nós, daqui a meia hora. – Eu disse enquanto passamos pela porta de casa – Comprei algumas roupas, caso não tenha. Vou te esperar aqui embaixo, está bem? – Novamente sem resposta, ela foi ao seu quarto.

Ao decorrer dos minutos, ela desceu as escadas, vestindo uma camisa de frio com mangas maiores que seus braços, uma calça moletom larga e um tênis All Star preto. Embora sua aparência mal cuidada e despojada, senti um grande orgulho, assim, um sorriso genuíno de felicidade brotou no meu rosto, reconhecendo a sua notória simplicidade, a qual tornava-a verdadeiramente única. Desse modo, atravessamos a porta em direção a um dos lugares que a conquistou com comerciais chamativos e lúdicos, o feérico e encantador Universo Aquático (Aquário).

Dentro do aquário, Eva se depara com um enorme e escandaloso túnel aquático, cercando-a por toneladas de águas e variedades de vidas marinhas. Posso não conhecer essa jovem diante de mim, devido minha ausência por 6 anos, mas eu ainda guardo memórias de uma garotinha que se fascinava pelo conhecimento.

Na medida que ela percorria o corredor, seguindo seus interesses, parecia que algo estava surgindo nela, devido sua singela e quase não perceptível animação. Enquanto um golfinho a encarava. Lembrei-me dela dizer uma vez “Papai, você sabia que os golfinhos conversam por telepatia?” Ela abriu a boca e arregalou os olhos em um fofo espanto, perguntando “Será se eu posso conversar com eles também?”. Aposto que agora ela esteja tirando sua dúvida da infância.

Seguindo mais adiante, nas interações com estrelas do mar e os mesmos golfinhos brincalhões, além do brilhantes recifes de corais agraciado por vidas inimagináveis, como o adorável peixe palhaço. Impossível não lembrar do dia que eu a levei no cinema para ver o inesquecível Nemo. Assim, ela foi redescobrindo a sua esquecida capacidade de se maravilhar.

Outra interação era do Laboratório Aquático, o qual podíamos criar pequenos peixes em impressoras 3D. Pela primeira vez, ela veio até mim, sem olhar nos meus olhos, ela segurou a extremidade e soltou algo em sua mão, na minha direção, revelando um cordão com um golfinho preso a ele. Eu sorri, peguei, olhei mais de perto e vi uma frase bem pequena: “Agora e Sempre Juntos”. Morri por alguns segundos, quando me dei conta ela estava colocando em seu pescoço um segundo cordão exatamente igual ao meu.

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