CAPÍTULO QUATRO

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paixão; sentimento muito forte de atração por uma pessoa, objeto ou tema.

Jimin é escritor e antes de seguir na profissão, ele lia alguns livros realmente duvidosos. Ele admite, no passado, ter pensado que seria muito divertido se envolver com alguém que tem o mundo nas mãos e pode te dar o mundo, se você quiser. Se envolver com criminosos é errado, mas a ideia ainda é estranhamente atraente. Pelo menos pra ele, ainda é.

Ele prefere se manter longe de problemas. Longe de Jungkook. Mas, o problema continua indo atrás dele. Jungkook continua indo atrás dele. Mandando flores e mensagens todos os dias, sem intervalos. Jungkook parece querer se tornar tão presente ao ponto de Jimin se acostumar com isso o suficiente para pensar, caso ele suma por minutos, onde é que ele está? E, bem, talvez esteja funcionando. Falar com Jungkook por telefone todos os dias tem dificultado as coisas.

— Você não acha que tá' meio obcecado? — Taehyung perguntou. Eles estavam juntos em uma cafeteria, era sábado, Jimin estava de folga e Taehyung havia faltado o trabalho, de novo. — Tipo, você fala dele o dia todo, e com ele o dia todo.

— Quer que eu pare? — Jimin perguntou.

— Não. — Taehyung respondeu. — Mas ainda é estranho, né? Esse cara te deixou meio maluco.

Aí é que está. Jimin acha o mesmo. Ele tende a ser maluco sozinho, ter alguém que instigue esse lado dele é perigoso. O último relacionamento de Jimin foi regado a loucuras e muita confusão, Jimin sendo louco o suficiente para se tornar uma dor de cabeça para qualquer um que o prejudicasse de alguma maneira.

O ponto assustador nisso tudo é que Jimin sente uma estranha atração por Jungkook e como se não bastasse, sente que todo esse perigo, loucura e adrenalina que Jungkook pode oferecer é extremamente atraente. É quente. É legal.

Seu celular tocou e ele ergueu a mão para Taehyung esperar um pouco, atendendo a chamada.

— Alô — Jimin não tinha um tom amigável. Normalmente ele não tinha, mesmo.

Fala tu, minha rosa — O tom divertido de Jungkook simplesmente derretia os outros. Derretia principalmente Jimin. Já, rápido assim. — Tu tá onde?

— Por que quer saber? E oi. — Jimin respondeu.

Porque quero, ué. Tô ligado nos teus passos, minha rosa, se liga, em. — Jungkook disse. O tom ainda era brincalhão, mas ele estava falando sério. — Eu tava era bem aqui pensando...

— E você pensa? — Jimin sorriu.

Quer sair pra jantar? — Jungkook perguntou.

— Você vai pagar?

Vou. Tudo pra minha rosa.

— Eu corro risco de morrer sendo visto contigo? — Taehyung o encarou na hora, se perguntando em que raios seu amigo estava se metendo.

— Depende do lugar. Pensei em te levar em um dos restaurantes da gangue. — Jungkook disse.

— A gangue tem restaurantes?

É pra lavar dinheiro. — Jungkook explicou. — E aí?

— Meu Deus.

Bora, minha rosa? Uma comidinha gostosa eu e você.

— Mas e se eu levar um tiro?

Aí eu mato quem atirou em você. — Era engraçado como ele falava isso com facilidade.

Fatal ʲᶦᵏᵒᵒᵏWhere stories live. Discover now