Concluída
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A pequena Ramona Tullip sai em uma aventura junto de sua amiga Cent e a princesa Hydrangea para recuperar a pedra mãe, a fonte da magia de seu reino, que foi roubada durante a Colheita de Outono. Durante sua jornada ela conhece no...
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—Filha. —Disse minha mãe em um tom meigo. —A mamãe agora vai para o trabalho, se precisar de alguma, coisa pode avisar à suas professoras para me avisarem, certo?
—Mas, mãe! —Respondi irritada e um pouco desesperada. —Ninguém gosta de mim aqui! Por que eu não posso ficar com você?
—Anelisse, nós já conversamos sobre isso, não se preocupe, uma hora você vai fazer amigos. —Minha mãe me deu um beijo em minha testa. —Agora eu tenho mesmo que ir, se divirta. —Ela dizia enquanto se afastava acenando para mim.
—Como se eu conseguisse. —Resmunguei e logo entrei dentro da escola, eu tinha 9 anos e estava no primeiro ano da escola das flores, nós já estávamos no meio do ano e eu ainda não havia feito nenhum amigo, bom, até aquele dia.
Eu entrei e sentei na mesma mesa que sento desde o começo do ano, nós sentamos em duplas e eu era a única da turma que não tinha uma, eu me sentava no canto, um pouco perto do fundo, eu tive o azar de ser da mesma turma da princesa Hydrangea, a rainha e o rei quiseram que ela frequentasse a escola para ter uma boa relação com o povo, mas para mim, aquilo era só mais uma causa para eu ser invisível, eu consigo ouvir alguns de meus colegas cochichando coisas como "A menina carente vai sentar sozinha de novo?" e "Tadinha dela, ninguém quer sentar com ela, mas eu que não me sento também." mas todos esses cochichos param quando chega uma garota.
Ela tinha cabelos castanhos enrolados, era um pouco mais baixa que eu, tinha olhos castanhos lindos, ela estava usando nosso uniforme da escola, porém, ela usava uma presilha rosa em seu cabelo, com um coração rosa nela, ela segurava seu cabelo deixando seu rosto à mostra, dando destaque à parte mais marcante de sua aparência, suas sardas.
Eu já era acostumada a olhares de pena e de desconforto de outras pessoas quando elas olhavam para mim, mas com ela era diferente, eles olhavam para ela com nojo. Ela tentou se sentar perto de uma das cadelinhas da princesa.
—Oi, eu... Posso me sentar aqui? —Perguntou a garota da presilha enquanto puxava a cadeira.
A outra segurou a cadeira com força impedindo-a de completar a ação. —Já tem alguém aqui. —Falou a mesma, curta e grossa, a da presilha se desculpou e tentou de novo em outro lugar, mas aconteceu a mesma coisa, ela tentou então procurar com os olhos, e quando os olhos dela bateram nos meus, eu rapidamente puxei a cadeira ao meu lado para ela se sentar, afinal, era o único lugar que estava vazio, e talvez aquele semestre não fosse tão solitário assim.
A garota, assim que entendeu, abriu um grande sorriso e veio em minha direção, ela ajeitou sua mochila na cadeira e virou para mim estendendo sua mão. —Prazer, sou Ramona Tullip, ou só Tullip, ou só Ramona.
—Sou Anelisse Cornflower. —Respondo enquanto aperto sua mão. —Pode me chamar do que você quiser.
Ela se senta ao meu lado. —Anelisse? Hum, nunca escutei esse nome antes.
