Coletânea inspirada em Sasuke Retsuden, sr. e sra. Uchiha e os Céus Estrelados.
Contém:
🌸one-shot;
🌸two-shot;
🌸three-shot e:
🌸contos longos;
Aceito sugestões de TEMAS, pode indicar em qualquer capítulo da fanfic marcando meu @.
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As luzes brilhantes enfeitam as casas de Konoha. Estrelas e papéis cintilantes decorando as fachadas e as ruas do centro comercial estão vazias, apenas a neve e o burburinho das casas cheias e quentes na noite de Natal.
Meus pés e mãos estão congelando e minha capa está ainda mais pesada por conta de toda a neve do trajeto. Para falar a verdade, há dois dias me senti um viajante idiota e inexperiente, tudo porque me vi totalmente desprevenido para um inverno como este, logo aqui, no País do Fogo.
Há dez dias Kakashi me enviou um bilhete avisando que aparentemente as forças militares de Konoha também receberam folga neste feriado, como não acontece há anos. Eu estava muito, muito longe de casa, então optei por não avisá-la, afinal, não queria decepcioná-la em caso de eu não conseguir chegar a tempo.
Agora são nove horas e eu estou na única banca aberta desde Suna.
─ Feliz Natal, Uchiha-san.
─ Aa. Pra você também ─ pego o embrulho e saio da loja em direção à minha casa.
Estou cansado. Da viagem. Da missão. Às vezes, da vida que levamos.
Sakura tem mais facilidade pra falar sobre isso e eu sei que qualquer posição negativa que eu exponha pode simplesmente pôr tudo a ruir, porque se eu ficar minimamente confuso ou ponderoso, pendendo entre dois pensamentos, eu posso literalmente desanimá-la e isso poria todas as nossas decisões em dúvida.
Na verdade, sinto qur há dias em que ela só espera ouvir duas palavras quando eu volto e não é "tenho saudade", as palavras que ela espera são "vamos embora". Me dói porque ela sabe que eu não posso dizer isso. Mas é inevitável pensar assim às vezes.
Me aproximando do distrito tento distrair minha mente. Ou concentrá-la com o que há em frente. É Natal e nunca passamos um juntos. Ah! Claro! Sakura não sabia que eu vinha, provavelmente está na casa dos pais, ou se dirigindo para lá.
"Sim, Sasuke, você devia ter visto sobre isso antes".
Na varanda, procuro a chave de casa e levo muito tempo nisso, de repente essa pequena questão me deixa ansioso. Basta estar na porta para eu perceber o quanto quero entrar na casa.
Sem encontrar as chaves, suspiro profundamente e bato na porta.
Ouço a voz de Sakura dizer algo como "estou indo" ou "só um instante" e vejo como realmente estou péssimo em ser um nômade. A temperatura do meu corpo aumenta drasticamente e tenho certeza que chegar em casa acusou minha febre.
Não há trinta minutos que fui em uma casa de banho aos arredores de Konoha, meu cabelo está molhado, mas está nevando, minha nuca não devia estar fervendo.
Sakura abre a porta e isso faz ventar, revelando meu rinnegan.
─ Sa-Sasuke-kun ─ sua surpresa dá rubor às bochechas e porra, os olhos verdes parecem parte da decoração de Natal, duas bolitas brilhantes que se dilatam ao me ver.
