capítulo 44

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✨ Liam Johnson ✨

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Liam Johnson ✨

Passei a semana inteira ansioso para o dia de hoje, finalmente irei poder encontrá-la novamente depois de nossa viagem. Os dias pareciam uma eternidade para passar e a sensação de não tê-la por perto era ruim, cuidei de ir até a porta de seu colégio apenas para saber se ela estava bem.

Nem por um decreto Kalinda poderia saber de minha atitude, ela ficaria brava e não me deixaria vê-la mais. Todos os dias ela chegava dez minutos antes do sinal tocar, antes ela deixava seu irmão em outro colégio e depois seguia para o seu com seu motorista.

Observei por dias seus amigos e solicitei que Pj providenciasse a ficha de cada um, felizmente não havia nada de mais com nenhum deles e eles pareciam gostar de verdade da minha pequena não deixando rastro algum de interesse além de uma amizade.

Faria uma comida simples e ao mesmo tempo deliciosa, pesquisei bastante para não passar vergonha e arrumei a mesa. Coloquei um pequeno arranjo de flores no meio e escolhi as louças com cuidado, arrumei tudo e procurei por uma roupa confortável em meu closet.

Dentre várias opções escolhi uma calça jeans e uma camisa gola polo azul marinho, tomei um banho rápido e me arrumei. Passei meu melhor perfume e corri para a sala quando escutei a campainha.

- Oi, entra.- Dei passagem assim que a vi.

- Boa noite, Meretissímo.- Sorriu.

- Tudo bem?- Estava nervoso como nunca antes.

- Como sempre.- Riu.- Você está bem, Liam?

- Sim, tudo no controle. Digo, estou bem.- Tentei disfarçar e falhei, sua risada contagiou minha sala.

- Parece que você está nervoso.- Pôs as mãos em meus ombros e me olhou.- Eu que deveria estar nervosa, meus pais não podem sonhar que a filha deles está em uma casa bonita e com um homem de quase dois metros.

- Fico feliz que tenha gostado da minha casa mesmo que tenha visto somente a sala.- Digo a primeira coisa que vem à cabeça me dando conta do que havia dito.- Desculpa, não foi isso que eu quis dizer.

- Tudo bem, vamos mudar de assunto. O que você está cozinhando? Consegui sentir o cheiro desde o correr e parece delicioso.- Se virou observando a decoração minimalista da minha casa.

- Fettuccine ao molho Alfredo.- Abracei sua cintura por trás enquanto ela olhava uma foto da minha família em um porta retrato encima de uma mesinha de centro.- Espero que goste.

- Será minha primeira vez.- Respondeu e a olhei sem entender seu comentário.

- O que será sua primeira vez?- Meio receoso, perguntei.

Eu sabia que Kalinda não era virgem por ser mãe do Théo, mas ainda assim me assustei com o modo como me respondeu. Por um minuto me senti gelado e ela pareceu perceber pois se virou para me olhar.

- Eu nunca experimentei esse tipo de prato, mas acredito que você tenha se empenhado em fazer a não ser que tenha feito o pedido em algum restaurante.- Se explicou de um jeito fofo.

- Pode ser que você não acredite, mas foi eu que cozinhei tudo e eu realmente espero que goste porque acabei sujando toda a cozinha.- Peguei sua mão e caminhei até o ambiente caótico do nosso jantar.

- Meu Deus, isso está uma verdadeira bagunça, Liam Johnson.- Se espantou assim que entramos na cozinha.

- Pelo menos é por um bom motivo.- Abri a geladeira e mostrei duas opções de sucos.

- Maracujá ou laranja?- Olho para as duas jarras e sinto o aroma.

- Esse que você acabou de apontar é o de maracujá.- Levantei a jarra e ela sorriu.- Quer esse?

- Sim, eu amo suco de maracujá e manga, mas só bebo aqueles que vendem no saquinho. Eles são bons e menos trabalhoso de fazeer que os das próprias frutas.- Comentou ao pegar o copo oferecido por mim.

- Eu particularmente gosto mais do suco das frutas, mas eu nunca tenho sorte de compra uma que esteja boa.- Vejo ela se encostar na pia me olhando atentamente.

- Você está lindo e muito cheiroso, uma verdadeira perdição para mulheres.- Me olhou fixo nos olhos e comentou.

- Eu também estou te achando uma gatinha hoje, pequena.- Passei a mão em seu rosto e desci para o pescoço.

- Não, eu sou uma gatinha todos os dias, meu bem. Sorte sua que hoje eu estou com minha auto estima boa, caso contrário teria mandado você se lascar com seu elogio.- Laçou minha cintura e senti meus pelos arrepiarem.

- Está certa, eu que fiz um péssimo comentário, pequena.- Seus braços estavam bem fechados em volta da minha cintura como quem estava prestes a aprontar.

- Posso te beijar?- Pediu.

- Sou todo seu.- Sua boca toca a minha em um beijo casto, nada agressivo.

Nosso beijo tinha saudades e eu também senti sua falta desde nosso último encontro no qual ela me deixou sozinho no quarto de hotel dormindo, minha pequena havia acordado cedo e ido embora sem nem se despedir.

Seu jeito de dormir era engraçado e totalmente dolorido para outra pessoa que dormisse com ela, minha garota dormia abraçada ao travesseiro e sua posição preferida era de bruços. Notei que ela também tinha mania de dormir toda jogada no meio da cama e era espaçosa.

- Maluco eu dizer que estava com saudades?

- Não, mas você sempre diz isso.

- Não posso fazer nada se você me desperta o sentimento da saudade.

- Homens costumam dizer esse tipo de coisa quando querem levar uma mulher para a cama, Johnson.

- Nesse caso eu te levei para a cama inúmeras vezes e nem rolou nada sexual, isso significa que nem tudo se resume a sexo e eu percebi que gosto de ter você por perto.

- Quais inúmeras vezes, Meretissímo?

- A primeira vez aconteceu na fazenda e as duas outras em Gramado, todas dormimos juntos sem intenção alguma de transar.

- Deixa de ser mentiroso que eu aposto que você queria ter transado em todas essas vezes e só não aconteceu pelos imprevistos que nós sabemos muito bem quais são.

- Eu disse que te levei para a cama inúmeras vezes e não que eu não sentisse vontade de fazer algo com você, meu bem.

- Sabe que eu não vim até aqui somente jantar, não é? Fizemos um acordo e eu estou disposta a cumprir as exigências posta por nós dois.

- Só vamos fazer algo se você quiser e se estiver a vontade, caso não esteja no clima e não se sentir confortável é só me dizer.

- Tudo bem, mas acho melhor você alimentar a sua pequena.

- Minha pequena?

- Estou me acostumando com esse apelido e de toda forma somente você me chama assim, mas não pense que eu sou sua. Só achei bonitinho o jeito como me chama, nada além disso.

- Claro, minha gatinha.

Ela saiu dos meus braços e parou no momento em que a chamei por outro apelido, olhou para trás e riu. Passei por ela e dei uma tapa em sua bunda sob o olhar desacreditado pelo gesto e roubei um beijo antes de seguir para a sala de jantar. Minha noite estava apenas começando.

Minha perdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora