𝑪𝑯𝑨𝑷𝑻𝑬𝑹 𝟕

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A notícia do incidente no banheiro se espalhou na mesma hora

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A notícia do incidente no banheiro se espalhou na mesma hora. Aonde quer que eu fosse, os campistas apontavam para mim e murmuravam algo sobre água de vaso sanitário. Ou talvez apenas olhassem para Diane, que ainda estava bastante encharcada.

Ela me mostrou mais alguns lugares: a oficina de metais (onde as crianças forjavam as próprias espadas),a sala de artes e ofícios (onde os sátiros jateavam com areia uma estátua gigante de um home-bode) e a parede para escalada, que na verdade consistia em duas paredes que se sacudiam violentamente, deixavam cair rochas, espalhavam lava e colidiam uma com a outra se a gente não chegasse ao topo bem depressa.

Finalmente retornamos ao lado de canoagem, de onde a trilha levava de volta aos chalés.

- Temos treinamento - disse a Diane secamente. - O jantar é às sete e meia. Você só tem de seguir o pessoal do chalé até o refeitório.

- Meninas, desculpe pelos sanitários.

- Não importa.

- Não foi minha culpa.

Ela me olhou com ar cético e me dei conta de que tinha sido minha culpa. Eu havia feito a água jorrar no banheiro. Não entendia como. Mas os vasos tinham respondido a mim. Era como se eu fosse um dos canos.

- Você precisa falar com o Oráculo - disse Olivia.

- Quem?

- Não quem. O quê. O Oráculo. Vou pedir a Quíron.

Olhei para o lago, desejando que alguém me desse uma resposta direta pelo menos uma vez.

Eu não esperava que alguém estivesse olhando de volta para mim do fundo, portanto meu coração deu um pulo quando notei duas meninas adolescente sentadas de pernas cruzadas na base do píer, cerca de seis metros abaixo. Vestiam jeans e camisetas verdes cintilantes, e os cabelos castanhos flutuavam soltos em volta dos ombros enquanto peixinhos passavam por entre eles. Elas sorriram e acenaram como se eu fosse um amigo há muito perdido.

Eu não sabia que outra coisa fazer. Acenei de volta.

- Não as encoraje - Diane disse. - As náiades são flertadoras incontroláveis.

- Náiades - repeti, sentindo-me completamente estupefado. - Já chega. Quero ir para casa agora.

Annabeth franziu as sobrancelhas.

- Você não percebe, Percy? Você está em casa. Este é o único lugar na terra seguro para crianças como nós.

- Você quer dizer crianças mentalmente perturbadas?

- Eu quero dizer não-humanas. Não totalmente humanas, de qualquer modo. Meio humanas.

- Meio humanas e meio o quê?

- Acho que você sabe.

Eu não queria admitir, mas sabia, sim. Senti um formigamento nos membros, uma sensação que às vezes me tomava quando minha mãe falava sobre meu pai.

𝐏𝐞𝐫𝐜𝐲 𝐉𝐚𝐜𝐤𝐬𝐨𝐧 𝐚𝐧𝐝 𝐓𝐡𝐞 𝐎𝐥𝐲𝐦𝐩𝐢𝐚𝐧𝐬Where stories live. Discover now