𝐎𝐍𝐃𝐄 Percy Jackson vai para o acampamento meio-sangue e começa a acontecer várias aventuras.
𝗈𝗎
𝐎𝐍𝐃𝐄 um grupo de crianças problemáticas se metem em várias confusões.
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Estávamos nos sentindo superinfelizes naquela noite.
Acampamos no bosque, a cem metros da estrada principal, em uma clareira pantanosa que as crianças do lugar obviamente vinham usando para festas. O chão estava repleto de latas de refrigerantes amassadas e embalagens de fast-food.
Tínhamos pego um pouco de comida e cobertores da tia Eme, mas não ousamos acender uma fogueira para secar nossas roupas molhadas. As Fúrias e a Medusa já haviam proporcionado animação suficiente para um dia. Não queríamos atrair mais nada.
Decidimos dormir em turnos. Prontifiquei-me a ser o primeiro a ficar de guarda.
Annabeth enroscou-se sobre os cobertores e já estava roncando quando sua cabeça tocou o chão. Diane tinha adormecido com a cabeça no ombro de Olivia, ambas estavam a dormir enroladas em cobertores. Grover subiu com seus tênis voadores para o galho mais baixo de uma arvore, encostou-se no tronco e ficou olhando para o céu da noite.
- Vá em frente e durma - disse a ele. - Acordo você se houver problemas.
Ele assentiu, mas ainda assim não fechou os olhos.
- Isso me deixa triste, Percy.
- O quê? Ter se juntado a essa missão estúpida?
- Não. Isso me deixa triste. - Ele apontou para todo aquele lixo no chão. - E o céu. Não dá nem para ver as estrelas. Eles poluíram o céu. Esta é uma época terrível para ser um sátiro.
- Ah, sim. Acho que você seria um ambientalista.
Ele me lançou um olhar penetrante.
- Só um ser humano não seria. Sua espécie está entulhando o mundo tão depressa que... Ora, não importa. É inútil fazer sermões para um ser humano. Do jeito que as coisas vão, nunca encontrarei Pan.
- Que Pan?
- Pan! - bradou, indignado. - P-A-N. O grande deus Pan! Acha que quero uma licença de buscador para quê?
Uma brisa estranha faz farfalhar a clareira, encobrindo por um momento o fedor de lixo e putrefação.
Trazia o cheiro de frutas e flores selvagens, e de água limpa de chuva, coisas que devem ter existido algum dia naqueles bosques. De repente, senti saudades de algo que jamais conhecera.
- Fale-me sobre a busca - disse eu.
Grover olhou para mim com receio, como se temesse que eu estivesse apenas me divertindo às custas dele.
- O Deus dos Lugares Selvagens desapareceu há dois mil anos - contou. - Um marinheiro vindo da costa de Éfeso ouviu uma voz misteriosa gritando na praia:
―Conte a eles que o grande deus Pan morreu!
Quando os seres humanos ouviram a notícia, acreditaram. Estão pilhando o reino de Pan desde então.