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— Tem certeza que quer fazer isso? — A morena perguntou a irmã mais nova, as duas paradas na entrada do exército

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— Tem certeza que quer fazer isso? — A morena perguntou a irmã mais nova, as duas paradas na entrada do exército.

— Eu tenho, MiMiA loira sorriu para a irmã e as duas deram um longo abraço. — Eles vão me mandar para o treinamento direto, não vou ter tempo de visitá-los, então você tem, por obrigação, de me manter informada de tudo.

— Eu vou, eu prometo. — Mia tentava não chorar, mas estava sendo um pouco difícil, principalmente ao dar adeus a sua irmã caçula.

As duas se afastaram e riram uma da outra que choravam. Lottie secou as lágrimas da irmã e beijou suas bochechas.

— Quando souber do Nico, me avisa? Por favor.

— Claro, eu aviso. E tome cuidado, continue inteira pra gente. — Elas deram um último longo abraço e Charlotte acenou em despedida enquanto entrava no quartel.

Foi instantâneo os olhares estranhos para ela, afinal, ela era uma mulher no meio de vários homens. Ela ignorou, como sempre fazia, não precisava provar nada para ninguém ainda. Ela deixaria chegar os percursos. Aí sim, eles veriam quem era a mulherzinha.

— Soldado Toretto se apresentando, senhor — Charlotte bateu a continência ao entrar na sala do general, mantendo a postura.

— Descansar, Toretto. — Ele murmurou e Lottie relaxou. — Você é problema do Major Shaw, ele se encarregará do seu treinamento e se responsabilizará por seus desempenhos.

— Sim senhor. — Ela acenou em concordância e três batidas na porta foram ouvidas, logo em seguida veio a maçaneta girando.

— Mandou me chamar, Max? — O sotaque britânico arrepiou todo o corpo de Lottie, porém a roupa camuflada do exército ajudou a esconder isso.

— Mandei. — O general levantou. — Toretto, lhe apresento o seu tutor, Major Deckard Shaw.

Lottie se virou, tendo que levantar a cabeça para olhar diretamente para ele. Os olhos de avelã encararam os verdes esmeraldas e os dois se viram hipnotizados por instantes. Deckard quem saiu do transe primeiro, oferecendo a mão a ela.

— É um prazer conhecê-la, Darling. — Ele sorriu e Lottie se viu sorrindo de volta.

Ela não via a hora das aulas começarem.

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Minha cabeça latejava graças ao sonho estranho. Parecia um déjà vu mas daqueles que você tem quantos se enche de cachaça.

Estava difícil até de abrir os olhos, então mantive eles fechados, esperando que a dor parasse. Ou que então, eu voltasse a dormir.

— Você encontrou ela assim? — Uma voz grossa, com um sotaque meio latino perguntou. Me lembrou a voz do Jakob.

— E poucos metros antes tinha uma fábrica em chamas. — Reconheci a voz de Deckard.

Foi inevitável as imagens das fotos invadirem minha mente, tentando criar um sentido para aqueles cenários, porém minha cabeça doeu mais ainda e eu desisti por hora.

— O que ela está segurando? — Uma voz feminina, estranha porém familiar, falou e eu escutei passos se aproximando.

Sem pensar duas vezes, mais como instinto do que por querer, me sentei na cama apontando a arma que ainda estava na minha cintura para a mulher até então desconhecida. Porém, ela não era tão desconhecida. Ela estava no meu sonho.

— Mais um passo e eu estouro sua cabeça. — Minha ameaça foi levada a sério, já que ela se afastou com as mãos pra cima.

Deckard se aproximou, ou tentou, já que eu também apontei a arma pra ele.

— Eu estou falando sério.

— Charlotte, ninguém aqui vai machucar você. — Ele deu um passo pra frente e eu engatilhei a arma fazendo ele parar.

— Cadê o meu carro? — Eu me levantei da cama, ignorando o gira gira que o quarto que eu estava havia virado.

— Na garagem. Ninguém mexeu nele. — O dono da voz desconhecida disse, indo para o lado de Deckard. Ele era muito parecido com Jakob, porém, parecia mais velho.

Minha mente lenta levou quase um minuto pra me dar conta de quem ele era, não que eu me lembrasse, mas só um idiota não perceberia.

— Você é o Dom. — O homem arregalou os olhos com as minhas palavras.

— Você se lembra de mim?

— Não, mas eu já ouvi falar — Meu aperto na arma ficou mais firme quando Deckard se aproximou. — Eu juro que eu atiro.

— Então atira, não vai ser a primeira vez que você me dá um tiro. — Ele sorriu esperando eu atirar.

Ficamos nos encarando pelo o que pareceu uma eternidade, meu dedo no gatilho pronto pra apertar, porém algo me impediu. Alguma coisa dentro de mim que eu não entendia não me deixou atirar e ele percebeu isso. Ele delicadamente tirou a arma da minha mão e jogou na cama.

— Vamos, a comida está na mesa — Deckard deu as costas e saiu do quarto. Dom e a mulher que eu ainda não sabia o nome foram logo atrás dele.

Tirei uns minutos para eu entender o que estava acontecendo. Eu matei minha melhor amiga que no fim iria me matar. Eu descobri que era adotada. Eu tinha um caso com um carinha do exército que salvou minha vida ontem. E eu estava em um lugar que não fazia ideia de onde era.

Olhei pra porta fechada do quarto e suspirei. Eu tinha duas escolhas. Encarar de frente e tentar me esforçar para me lembrar da minha vida. Ou, eu dava as costas pra tudo isso e tentava viver uma vida normal.

Tirei a foto do meu bolso e a encarei. O menininho na foto parecia me encarar, pedindo que eu o encontrasse, mas se eu tivesse uma vida normal eu não conseguiria ir encontrá-lo.

Analisei mais a foto, esperando que algum sinal mostrasse onde ele pudesse estar, mas não havia nada ali, pelo menos não aparentemente. Eu precisaria de um programa pra analisar cada mínimo detalhe dela. Imaginei que Deckard pudesse ter um programa desses, e se não tivesse, ele poderia me ajudar, se eu pedisse com jeitinho.

Foi pensando nisso que me levantei, colocando a arma nas costas e a foto no bolso. Arrumei o cabelo, prendendo ele em um coque alto e sai do quarto, o espelho no corredor mostrando que eu estava até que apresentável. Alguém tinha tirado o sangue enquanto eu estava tirando uma soneca.

— Temos muito o que conversar — Foi o que eu disse ao entrar na cozinha, porém me assustei ao ver mais do que três pessoas ali.

Eles tinham uma espécie de bando?

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De sangue - Deckard Shaw (Livro Dois)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora