Estar no primeiro ano da faculdade não é fácil. Agora, estar no primeiro ano da faculdade tendo a irmã mais velha (insuportavelmente irritante... e gata) da sua melhor amiga enchendo o saco o tempo todo é ainda pior.
Mas Jennie Kim também não é exat...
É curtinho, mas veio aí. Só pra vcs n ficarem sem.
🩷
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Por que o céu sempre fica tão azul quando ela está aqui? Parece que papai do céu sempre se agrada da presença dela e torna tudo mais bonito. A risada dela é engraçada, consigo escutar da janela do meu quarto o quão alto ecoa desde o quintal até onde estou. Sempre fico escondida na janela olhando como elas brincam no quintal, e por que sempre parece tão divertido estar no lugar delas, se a minha diversão é sempre brincar com as coisinhas que a moça que fala demais tem no consultório dela? Não consigo entender por que preciso ir naquele lugar todos os dias, a mulher sempre fala, fala e fala mil coisas diferentes, mas nada me chama atenção além dos brinquedos que ela tem. Eu não tenho nada disso em casa. Quer dizer... tenho em casa, mas minha mãe diz que são apenas da minha irmã, que não posso brincar com eles de jeito nenhum ou irei quebrá-los já que sou um desastre ambulante.
Belisco meu joelho quando o machucado começa a incomodar. Ontem caí na escola enquanto corria atrás de uns pombos, eles são animais fofos, apesar de roubarem meu lanche quase todo dia.
A professora sempre me pede para não ficar perto deles, mas eles são legais, sempre vem perto de mim mesmo quando estou gripada.
— Eu já mandei você sair dessa janela — dou um pulo ao escutar um grito da minha mãe. Me encolho na cama, olhando para ela um pouco assustada quando ela se aproxima e puxa meu braço pra fora da cama — vamos logo, você está atrasada.
Sigo-a aos tropeços para fora do quarto, mal conseguindo andar direito e quanto ela me puxa até a área da garagem. Fico olhando para o quintal onde elas continuam correndo, e quando Jennie, a amiga da minha irmã olha para mim, arregalo os olhos e me escondo atrás do carro.
— O que você está fazendo, porra? Entra logo no carro.
— Não posso — resmungo baixinho, sentindo que ela ainda está lá olhando. Meu pai está lá fora com elas, ele parece tão feliz... por que ele nunca sorri assim pra mim?
— Lalisa, que porra — ela puxa meu braço tão forte que sinto um estalo quando me joga no banco de trás do carro e resmunga — que merda você pensa que está fazendo?
— Eu só...
— Cala a boca, tá? Só cala a boca.
Ela liga o carro e em seguida o som em uma altura alta. Sei que ela liga a música só para evitar minhas perguntas, as vezes eu pergunto coisas demais, eu sei... mas é só...
O caminho é tão chato que fico batucando os dedos na janela, observando os pombos no céu enquanto não chegamos, mas assim que o carro vira em uma rua esburacada, identifico que chegamos na mulher. Resmungo um pouco irritada quando minha mãe desce do carro, abre a porta e me puxa para fora, mas estão segura minha mão como se isso fosse costume e me leva para dentro. Ela nunca segura minha mão fora daqui, é só nesse lugar que ela age assim, não entendo.
