Estar no primeiro ano da faculdade não é fácil. Agora, estar no primeiro ano da faculdade tendo a irmã mais velha (insuportavelmente irritante... e gata) da sua melhor amiga enchendo o saco o tempo todo é ainda pior.
Mas Jennie Kim também não é exat...
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L o u i s a
Minha filha está viva. Eu não sei descrever o sentimento que nasceu dentro de mim quando conheci Lalisa em um dia qualquer, mas meu coração bateu tão forte quando a vi que eu sabia que havia algo errado ali. Eu nunca tinha me sentido desse jeito além do dia que eu a vi pela primeira vez no parto, foi exatamente a mesma coisa que senti quando a vi no bar da Jihyo, meu coração parecia que sairia do peito e passaria pela minha garganta a qualquer momento. E por mais que a ideia de ela ser minha filha nem sequer tenha passado pela minha cabeça, eu criei um apego emocional tão grande por ela que sentia necessidade de vê-la todos os dias, então todos os dias eu perguntava para a Jihyo se ela estava na casa dela para poder ir lá também.
Eu não sei descrever o que estou sentindo nesse momento, mas desde ontem a noite eu não consigo me mexer direito, estou a dispor dela, mesmo que ela ainda esteja desacordada e muitíssimo debilitada com os machucados que sofreu durante sua tentativa de salvar George... e sim, ela fez o que pode, e agora os médicos estão dando o melhor de si para tentarem salvar a vida dele que está internado na UTI. Eu já chorei tanto que não há mais lágrimas em meu corpo, meu canal lacrimal secou e agora só me restou a dor de cabeça por ter chorado tantas horas seguidas. Fiquei agarrada com a Lisa naquele beco escuro, mantendo-a aquecida e confortável enquanto esperava os paramédicos chegarem, e chorei tanto enquanto esperava, meu corpo tremia com o desconforto de estar olhando meu próprio marido caído e ensanguentado após lutar pela nossa filha, porque eu sei que ele fez isso por ela...
George passou todos esses vinte anos da vida dele se culpando pelo sequestro da Lisa, ele nunca se perdoou por isso, sempre disse que conseguiria dar um jeito de ter nossa filha de volta, e ele realmente conseguiu, mesmo que tenha sofrido muito por isso.
No dia que descobri que Lisa tinha sido levada por Park, minha vida acabou ali. Eu fiquei sem olhar para George e para mais ninguém por mais de seis meses seguidos, me negando a acreditar que a minha pequena princesinha deveria estar sofrendo nas mãos de um cara psicopata e de uma mulher ainda pior, porque sim, aquela infeliz é uma monstrenga.
E agora que estou sentada na sala junto com a Lisa, não consigo tirar meus olhos dela, muito menos piscar direito com medo que alguma coisa lhe aconteça. Ela está muito machucada, muito. De acordo com os médicos responsáveis pelo caso, ela sofreu fratura em duas costelas e por pouco não perfuraram o pulmão, eles inclusive a deixaram em coma induzido por remédios para que pudessem corrigir as costelas sem que ela tivesse que passar por toda essa dor.
Desde que chegamos aqui, Lisa passou por três cirurgias diferentes e George por mais de oito, estão lutando arduamente pela vida dele, e a cada hora que passa eu me angustio mais em pensar que ele não teve a chance de ter uma conversa com a nossa princesa e descobrir o quão incrível ela é. Ele adoraria se sentar e ter uma conversa com ela sobre a vida, foi o que ele sempre desejou... sempre. Ele nunca desistiu de lutar por ela... nós nunca desistimos, e nunca desistiríamos.
