02 - o azar é seu pt2

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— Pai, me escuta. Aconteceu uma coisa e eu preciso que o senhor me encontre aqui no brooklyn, é urgente não dá para explicar agora! — o homem falava alto para que o pai podesse escutar em meio a chuva barulhenta

— Porra, essa menina é pesada demais — ele falou enquanto tirava o corpo dela do porta malas

  Ele não sabia o que fazer, estava com dois problemas. Ele andava de um lado para o outro com a mão na cabeça, sua roupa estava molhada deixando seus músculos mais expostos, seu cabelo molhado caia sobre o seu rosto e ele passava a mão no cabelo repentinamente.

  Suas mãos estavam trêmulas, ele não ficaria em paz até que o pai dele pelo menos soubesse disso. O pai dele não sabia que ele tinha matado uma pessoa, dois corpos poderiam ser um problema maior.

— Ok... Vamos lá — ele foi até o corpo da garota que estava no chão, ainda desacordada. Ele arrastou o corpo dela até um quarto escuro, mas não muito velho, aquela casa estava em construção para ser alugada. Ele amarrou ela em uma cadeira, certificando de que ela não sairia, e então saiu do quarto trancando a porta atrás dele.

— Ah merda, eu esqueci o outro corpo no carro — cerrou os lábios enquanto andava rápido até o carro lá fora, mas quando ele saiu ele deu de cara com o pai que havia acabado de chegar

— Filho? O que aconteceu?

  Suspirou — Então... Sabe aquele meu "amigo" que tentava de tudo para me fazer mal, me colocava em meio de brigas e outros tipos de coisas erradas só para me fazer perder a empresa? Então, meio que ele tentou me matar e eu matei ele... — suas mãos ainda estavam trêmulas, seu coração batia forte e ele não conseguia nem olhar nos olhos do próprio pai

— Filho... Tá, fique calmo ok? — o pai dele falou indo até ele e abraçando o mesmo, como uma forma de confortar o filho de ter acabado de cometer um crime.

— Cadê o corpo?

— Está no carro, me ajuda a tirar — Ele ficou aliviado em saber que o pai dele poderia ajudar ele com isso, o pai dele sabia que se alguém descobrisse, poderia sujar com toda a imagem da família.

— Me escuta filho — segurou os dois braços dele — , sua mãe não pode ficar sabendo disso nunca, você está me ouvindo? Isso vai ser entre eu e você. Não precisa tirar o corpo dele de lá, eu vou jogar o corpo dele no oceano e vão colocar ele como desaparecido.

— Obrigada, pai — Sorriu — Mas tem um problema que pode ser maior do que esse...

  O pai dele olhou para ele, já imaginando o que poderia ser — Uma menina viu... Mas calma! Eu prendi ela ali no quarto...


Megan Lópes...

  A garota foi acordando aos poucos, quando ela finalmente abriu os olhos ela sentiu uma dor de cabeça muito forte.

— Aii minha cabeça... — um sangue escorria sobre o rosto dela, sua vista estava meio embaçada e ela se sentia tonta.

  Ela olhou para os lados e tudo estava completamente escuro, ela fez força para se soltar, mas não obteve nenhum sucesso.

— Que vagabundo, me trancou aqui e nem para deixar a luz acesa pelo menos...

— Oooi... Alguém aí? — ela continuou olhando em volta tentando achar a porta ou qualquer coisa que poderia ajudar ela a sair dali

— Aaah minha mãe vai me matar, ela deve está louca nesse momento




Andrew Miller...

— Você é tão descuidado assim? Caramba Andrew... Olha, agora o problema é todo seu, dê um jeito nisso. — o grisalho falou e foi embora, não quis nem mesmo olhar a garota.

— Merda! — Gritou.

  Ele andou de um lado para o outro, estava menos nervoso que antes, mas sua cabeça já estava doendo por conta disso.

  Ele se sentou entrelaçando os dedos e tentando pensar no que fazer com a garota

— Já sei... — ele colocou a máscara no rosto que cobria sua boca e só deixava seus olhos azuis expostos. Foi até o quarto onde ela estava e entrou lá acendendo uma única luz fraca para dar um pouco de iluminação no local

— Você acordou não é sua filha da... — Bufou — Me diz, o que você quer em troca de calar a boca?

— Finalmente, me tira daqui vai, minha mãe deve estar me esperando até agora, há quanto tempo eu estou aqui?

— Responda a minha pergunta — se aproximou e se abaixou na altura dela, segurando o rosto dela e olhando em seus olhos com um olhar ameaçador

— Qual é a dessa máscara? Você é bandido? — falou com dificuldade por ter seu rosto apertado por sua mão que era quase maior que o rosto pequeno da garota.

  O aperto no rosto dela aumentou e ele começou a ficar nervoso e sua raiva aumentava a cada pergunta que ela fazia.

  Ela olhou para ele deixando claro que não daria para falar se ele continuasse com aquilo, ele entendeu o recado o soltou o rosto dela, mas continuou encarando ela.

— Olha, eu não quero nada não, me deixa ir embora e eu calo a boca para sempre, para mim nada aconteceu

— Não.

— Não o quê?

— Não vou deixar você ir, eu acho melhor eu matar você, não posso ter certeza de que você não sairia por aí falando besteira...

— Eu estou com o seu celular, garota. Vou falar com a sua mãe e dizer que você dormiu na casa de uma amiga — Suspirou — Mas, eu só posso fazer isso no sábado, tenho que resolver algumas coisas essa semana... Você tem sorte lindinha, terá quase uma semana para pensar nas coisas boas da vida.

— Você é louco? Como eu vou aproveitar uma semana de vida se eu estiver presa na cadeira? Por que não me mata logo agora?

  Ele se levantou fazendo ela ter que erguer a cabeça para olhar para ele, e então ele cruzou os braços franzindo a testa

— Problema é seu — revirou os olhos — Não tenho tempo para você agora, boa noite. — Ele passou a mão sobre o cabelo ainda molhando e saiu do quarto.

— Pelo menos deixou a luz acesa

To be continued...

𝐓𝐇𝐄 𝗠𝗔𝗦𝗞 𝐎𝐅 𝗟𝗜𝗘𝗦 | +16Onde as histórias ganham vida. Descobre agora