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  Mais um dia se passou, depois daquela noite a cabeça dele estava cheia de confusão, como ele iria conseguir um emprego para ela justo na empresa do próprio pai?

  A casa estava um silêncio total, até o pai dele se aproximar e quebrar esse silêncio — Bom dia, filho.

  Ele ajeitou o óculos e se sentou no sofá pensando no que ia falar para o pai dele — Pai... Tipo assim... Poderia me fazer um favor?

  O grisalho olhou para ele já imaginando que seria algo relacionado à garota.

— Eu preciso que o senhor arranje um emprego para a garota na nossa empresa...

— O quê? Você ficou louco? Pode ir tirando essa ideia maluca da sua cabeça. — o grisalho falou em um tom de voz mais alto

— Pai, essa menina tem uma vida miserável, eu falei com a mãe dela ontem e — o mais velho interrompe a fala — Sabe o que eu quero? Eu quero que mate logo essa garota e acabe com tudo isso, certo? Fim de papo.

O mais velho se retirou da sala, deixando o clima dali totalmente tenso, ele não deu tempo nem de ouvir as explicações do filho, já sabia que aquela era a pior ideia que ele teve e provavelmente aquilo acabaria com a vida dos dois.

  Ele suspirou e coçou a cabeça enquanto pensava no que teria que fazer, ele realmente se meteu em um problema muito grande.

— Porra, não dá tempo de pensar agora, eu estou atrasado — falou enquanto olhava para o relógio na parede a sua frente.

  Ele pegou a mochila e correu até o seu quarto, chegando lá, ele colocou uma arma em sua mochila, uma corda e uma caixa de fósforo — Depois eu arranjo a gasolina... — pensou alto enquanto fechava a bolsa. Ele estava quase decidido de que acabaria com a vida daquela garota naquele mesmo dia.

  Naquela manhã ele foi para a faculdade, mas, não conseguiu se concentrar em nenhuma aula, pois sua cabeça estava cheia de problemas, ele pensava em várias maneiras de como matar a garota, mas também pensava em várias maneiras de como não matar a garota.

[...]

  De repente, o celular dele começou a tocar no meio da aula, era um número desconhecido. Ele recusou a ligação, mas aquele número não parava de ligar, então ele se levantou pegando sua mochila e correu até o banheiro para atender

— Alô?

— Eu sei o que você fez, assassino!

  Uma voz robótica falava na outra linha, o som estava com muito ruído e parecia que ele estava no meio de um furacão, mas ele conseguiu entender muito bem o que aquela voz quis dizer

— Você ligou errado.

  Mesmo ele falando com seriedade, o coração dele começou a bater forte e seu corpo gelou com aquela acusação, quem mais teria visto aquilo? Isso realmente seria um grande problema.

— Ah... Porra! — gritou, tacando o celular no chão com toda a sua força

— Que merda, agora vou ter que me preocupar em comprar um celular novo — ele saiu do banheiro estressado, ele socaria a cara de qualquer um que falasse com ele naquele momento.

  Quando ele virou o corredor, sem querer esbarrou em uma garota loira, ela parecia meio perdida, parecia estar procurando alguém.

— Ah, opa... Foi mal — a garota falou de forma gentil e com um sorriso no rosto.

  Ele colocou a mão na testa e respirou fundo, ajeitou o cabelo para trás e ajeitou seu óculos, nem se quer se desculpou, ele apenas lançou um olhar de desdém na garota

— E então? Você é o tal do André? — a loira estendeu a mão para cumprimentar o garoto enquanto tinha um sorriso no rosto.

  Ele olhou para a mão da garota com um olhar de desdém e em seguida olhou para o seu rosto, a raiva dele aumentava a cada palavra que ela falava.

— Por quê?

— Então André

— É Andrew. — Interrompeu.

— Ata... — a garota ficou um pouco envergonhada — então, tem um trabalho em dupla e a gente tem que fazer juntos, sabe? É que minha dupla não veio, na verdade... Faz um tempinho que ela não vem, eu estou ficando preocupada com isso inclusive, bom eu espero que eu não esteja te incomodando, é que você é meio... quieto? é... Ah! Foi a professora que colocou você como minha dupla, antes que pense errado...

Ele cerrou os punhos e encarou a garota por alguns segundos, pensando em como sair daquela situação sem gritar com ela. Ele forçou um sorriso e olhou para trás vendo se não tinha mais ninguém ali por perto — Podemos resolver isso depois?

— Ah, claro, por que não... Ah, prazer! Eu me chamo Lívia, somos da mesma classe! Apesar deu nunca ter te visto... Mas acho que você já me viu! Eu costumo, quer dizer, eu costumava sentar ao lado de uma garota morena.

  Ele não se mostrou interessado no que a garota falou, ele apenas saiu ignorando a fala dela, nem sequer deixou ela terminar a fala, aquela garota falava demais e era muito irritante.

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⏰ Last updated: May 03 ⏰

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𝐓𝐇𝐄 𝗠𝗔𝗦𝗞 𝐎𝐅 𝗟𝗜𝗘𝗦 | +16Where stories live. Discover now