04| Fake It

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É engraçado, eu digo que vou e fico, fico sempre com a dor, porque fujo de mim. Sendo que o problema não sou eu, ou é? Não sei, mas sei que vou fugir de mim, mais uma vez, para comprovar que estou certo. Por que não fujo da dor? Eu deveria fugir de você ou de mim, mas eu já faço isso. Por que fujo tanto de mim?"

Autoria desconhecida

Pete

[ Casa da primeira família, Bangkok - 10h00 da manhã, 23 de abril de 2024]

>> 21 dias depois daquela madrugada

Sempre acho pessoas um terror; elas são caóticas demais. Existem pessoas estupidamente burras, mas não no sentido de ignorância como Sócrates falou uma vez, e sim burras no sentido de saber o que fazem, mas preferem fazer errado, o que é bem complicado vindo de um herdeiro, que claramente só está ali porque tem direito ao sucesso. Kinn é completamente explosivo e desconcertado; ele tem um rei na barriga, o famoso mimadinho de merda. "Invadir" isso foi fácil só pela burrice dele. Depois de quase uma hora em pé, falando com a família Theerapanyakul, deu para perceber muitas coisas, coisas que eu suspeitava.

Kinn: O manipulável, explosivo, menino de ouro, o chefe, que não passa de um garotinho que quer provar ao pai que é bom, sendo que o pai é quem menos quer ver isso, já que o mesmo é quem o manipula. Isso tudo já era bem esperado por mim. Não vou negar que pensei que ele realmente fosse do jeito que a mídia diz: "O talentoso filho, Futuro dos Theerapanyakul".

Ele é um futuro meio complicado então.

Kim: O desconfiado, intuitivo e bruto, o menino prodígio, que nem mesmo o pai obedece. Quase não está envolvido em nada relacionado à máfia e tão pouco com a TSTech. Que tem um nome completamente previsível, Theerapanyakul & Sumettikul Tecnológicos, achei bem merda. O filho mais novo decide sair de casa cedo para se dedicar à carreira de músico. Um garoto desconfiado demais, treinado para matar, mas parece ser alguém que não tem muita paciência; não que algum Theerapanyakul tenha.

Vegas: O calculista, desconfiado, tem um certo ceticismo. Ele exibe um senso de liderança e autoridade em suas interações. Tem um certo "desentendimento" com o herdeiro da primeira família, o que é bem plausível. Inteligente, ele sabe muito bem o que faz, e sinceramente é bem sombrio.

Macau: Talvez seja a pessoa menos impaciente da família. A reação dele foi bem tranquila, menos quando eu me dirigi ao guarda; que é provavelmente o mais confiável de Macau e Vegas; me parece que eles são bem próximos.

Em geral, tudo foi como eu imaginei, menos o fato de Vegas já esperar que eu aparecesse, o que é bem novo. Pouco antes de eu entrar na sala, ouvi o mesmo gritando com alguém que presumi ser Kinn. Quando apareci, ele parecia surpreso, mas depois que soube quem era eu não, como se ele já esperasse. Aquele cara na minha frente era completamente perfeito; ele olhou para mim com uma curiosidade, como se não estivesse esperando que alguém fosse bater de frente desse jeito; mas diga-se de passagem, isso é bem suicida. O cara de camisa vermelha, cetim e uma alfaiataria preta parecia interessante.

- Abaixe a arma ou quer ver o quanto sou bom em pontaria? - falei a Kinn, que tinha uma arma apontada para a cabeça do Porsche. Depois virei a arma que estava apontada para Kim na direção de Vegas, que demonstrou surpresa por eu estar armado. Acertei a luminária que estava atrás do mesmo e logo disse: - Vocês mafiosos são sempre tão ariscos assim. - afirmei. Eu e Kinn abaixamos as armas, e vejo Vegas me olhando, especificamente para a minha bunda.

Se você não fosse o diabo, até que rolaria.

- E isso. Se quiserem, podem me procurar. Na última página tem meu contato. - Digo, indo para a porta com Porsche, que antes de sair diz: - Eles vão acordar em 1 hora, e minha recomendação é que vocês protejam melhor o sistema da casa de vocês. - e logo depois completa a Kinn: - E para você, bonitão, vê se compra paciência, recomendo uma terapia ou internação. - E logo sai, me acompanhando com uma cara engraçada.

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