Capítulo 7- Escolhas ruins e uma pina colada

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Parada do lado de fora da casa do meu cunhado com dois embrulhos nas mãos, eu espero por Miriam do qual eu acabei de enviar uma mensagem avisando que estou ali do lado de fora

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Parada do lado de fora da casa do meu cunhado com dois embrulhos nas mãos, eu espero por Miriam do qual eu acabei de enviar uma mensagem avisando que estou ali do lado de fora. E assim que a porta se abre a vejo com seu vestido florido correr toda sorridente até mim.

— Esther! — Marian se joga em meus braços enquanto me abraça com vontade, e eu retribuo o caloroso abraço

— Oi! Como você está? — Ainda abraçadas eu acaricio os cachos curtos e volumosos

— Bem. E você — Miriam por fim se afasta e me olha — Senti tanta saudade!

— Eu também! E a festa como está?

— Boa. Cheia de doces, e você sabe como amo esses docinhos de festa. Lembra quando a gente pegava alguns escondidos antes dos parabéns?

— Sim. — Sorrio com as lembranças — A mamãe e a Joana ficavam bravas.

— Sim. E por falar nisso, você vai vir para homenagem que farão para ela?

— Já vai fazer sete anos! — Falo enquanto o rosto da minha irmã surge em minha mente. Joana é a nossa irmã mais velha e que a quase sete anos faleceu vítima de um câncer nas mamas descoberto tardiamente e que acabou por levar sua vida sendo ela tão jovem, com apenas 26 anos, deixando para trás duas filhas pequenas e muitos sonhos não realizados. Suspiro enquanto tento afastar o climão de luto que começou a surgir — Vou sim, claro. Ela acima de tudo é a minha irmã.

— Sim, ela vai ficar muito feliz por isso. — Mirian sorrir

— Aqui. Entregue para as meninas. — Entrego os dois presentes para Mirian que me olha um pouco decepcionada

— Não vai entrar?

— Não, ninguém me quer lá dentro. Tanto que até se esqueceram de me convidar.

— Esther! — Mirian protesta — As meninas vão amar ver você depois de tanto tempo.

— Outro dia. Diga a elas que eu não pude ficar porque estou muito ocupada, mas que estou mandando um beijo.

Suspirando Mirian se rende.

— Tá bom.

— Agora me dê outro abraço! — Abro os braços e Mirian se joga contra mim em outro abraço apertado — Te amo, Maninha!

— Eu também! — Diz enquanto aperta os braços com ainda mais força envolta de mim

— Agora entra!

Mirian se afasta, e com um sorriso para mim ela se vira e entra logo depois de um aceno.

Permaneço parada ali por alguns minutos. Dali de fora consigo escutar o burburinho dos convidados lá dentro e da música infantil que está tocando.

Há sete anos atrás eu fazia parte daqueles convidados que estão a sorrir e conversando lá dentro. Junto com minha irmã mais nova corríamos e brincávamos com nossas sobrinhas enquanto mamãe e Joana brigava com a gente por dar mais trabalho que as crianças.

Quase PerfeitosWhere stories live. Discover now