𝟎𝟎𝟗.

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Me soltei de Walker rapidamente. O que havia acabado de acontecer?

Walker, não. — Andei até a varanda.

Ele me seguiu.

— Hillary...

— Não, não, não! — Coloquei uma mão sob minha cabeça — Eu não estou acreditando que fiz isso!

— Espera, fica calma, Hill.

— Não, nem pensar! Eu acabei de te beijar, Walker! Como eu vou ficar calma?! Eu nem sei o que estou fazendo!

Ele segurou meu pulso.

— Você me beijou — Falou — E você sabe muito bem o porque fez isso.

— Não, eu... — Suspirei — Walker, não. A gente não pode...

— Por que não, Hillary?! — Perguntou — Por que não podemos? Não tem nada proibido nisso, não tem nada de errado!

— Escuta...

— Já deixamos muito claro o que sentimos um pelo outro, eu já te disse mil vezes que te entendo e que quero você mais do que tudo no mundo, você ainda não entendeu?

— Walker, você me ama? — Perguntei, as lágrimas já voltando a descer pelo meu rosto.

Ele ficou me encarando por alguns segundos.

— É claro que sim, Hillary. É claro que eu amo você.

— Não dá — O afastei com a mão — Não dá, eu sinto muito.

— Você não pode fazer isso de novo — Falou — Não pode me afastar como se eu não fosse nada na sua vida. Você sabe que no fundo, não é isso que você quer.

— Vamos parar com isso, eu já disse que isso tudo não vai dar em nada...

— Agora é minha vez de perguntar, Hillary — Fechou a expressão — Você me ama?

Parei e procurei respostas. Eu não sabia como lidar com aquilo e não sabia como falar aquilo para ele, então...

— Eu preciso pensar — Desviei meu olhar.

— Pensar, tem certeza disso? Você precisa pensar se me ama?

— Eu não quero brigar, Walker! — Gritei — Eu não quero aquilo tudo de novo e sentimentos confusos são as últimas coisas das quais eu preciso agora.

Walker passou a mão pelo seu queixo.

— Tá bem, Hillary. E o que vamos fazer agora?

— Acho que não foi uma boa ideia eu ter vindo para cá — Caminhei alguns passos para frente — Eu vou pedir um Uber.

— Não, de jeito nenhum. — Walker tomou o celular da minha mão — Você vai comigo. Eu não vou deixar você no carro de um estranho a essas horas da noite e principalmente em um lugar deserto.

O olhei de relance. Bufei e caminhei até seu carro. Walker o destravou com sua chave e eu entrei no banco do passageiro.

*

A viagem inteira foi um silêncio que só. Nenhuma palavra por minha parte e muito menos pela de Walker. Quando paramos de frente para a minha casa, ele decidiu cortar aquele silêncio desconfortável.

— Você disse que vai pensar. — Falou.

Um formigamento brotou pelo meu rosto.

— É, vou.

— Pense direito.

— Não me diga como fazer as coisas, Walker. — Me virei para ele.

𝐌𝐄𝐌𝐎𝐑𝐈𝐄𝐒, walker scobell.Where stories live. Discover now