02 | interrogatório

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— VOCÊ não precisa ir embora por causa dela. — A mulher segurou suas mãos, sorrindo sensualmente para ele.

No entanto, os olhos azuis de Bucky Barnes estavam fixos no corredor escuro em que Mackenzie Ramirez virou. Não era daquela forma que imaginou conhecê-la. Quando chegou ao rinque com Sam Wilson, AJ e Cass, sobrinhos de seu melhor amigo, os seus olhos instantaneamente foram atraídos para ela, deslizando pelo gelo como um anjo.

Ele queria Mackenzie Ramirez, essa era a verdade. Agora, após aquele encontro confuso, mas divertido, teve a certeza que a queda que sentia por ela, não era boba. Era, na realidade, um abismo. Apesar da raiva que brilhava dos olhos bonitos dela, Bucky sentiu-se ainda mais atraído pela patinadora.

Abby Moore ainda tentava puxá-lo para seus braços curtos, as mãos assanhadas tocando seu peito e pescoço. Ela sorriu, sussurrando obscenidades — que minutos atrás funcionaram muito bem, mas que agora não causou nem mesmo um arrepio.

Um grito assustador ecoou pelo rinque, vindo do exato lugar em que Mackenzie Ramirez tinha ido. O rinque inteiro ficou em silêncio, todos os olhares voltando para onde Bucky e Abby estavam parados. Um segundo grito, mais trêmulo e fraco, ecoou do mesmo local, fazendo o corpo de Bucky tensionar e o seu rosto se contorcer em uma expressão séria e alerta.

— Sai daqui — ordenou para Abby, que tinha os olhos arregalados.

Segundos depois, Sam Wilson apareceu ao seu lado, os sobrinhos curiosos em seu encalço, com a mesma postura e expressão séria que a sua.

— O que foi isso?

— Veio de lá — disse Bucky, o cenho franzido. — O que tem para aquele lado, Abby?

— Hm... É a área administrativa...

— Vamos — Sam falou, tocando o antebraço de Bucky. — AJ, Cass, fiquem perto do professor de hóquei e o obedeça. Eu já volto!

Barnes enfiou a mão na parte de trás de suas costas, puxando uma arma do cós da calça e a carregando. Ele seguiu Sam pelo fim do corredor, encontrando um pátio espaçoso e escuro.

— O grito veio desse lado — disse, apontando com a arma para o lado esquerdo, onde tinha mais um corredor, ainda mais escuro e silencioso.

A área administrativa estava vazia e silenciosa, sem nenhuma alma viva. Os seus passos cautelosos ecoavam pelo local, assim como suas respirações. O corredor tinha várias portas abertas, mas apenas três permaneciam fechadas, sendo duas apenas banheiros.

Ao pararem em frente à última porta do corredor, os dois se leram o nome gravado em uma placa de metal na parede ao lado. Mason Michaels. Foi Bucky quem bateu na porta, aguardando alguma resposta — o que não ocorreu por longos três minutos. Ele levou a mão livre até a maçaneta, girando-a várias vezes, não obtendo resultado.

Midnight Rain (ATO I) • Bucky BarnesWhere stories live. Discover now