06 | traidora

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OS seus olhos estavam fixos no lustre preso ao teto. O corpo envolto pelo cobertor macio e quente, os cabelos espalhados pelo travesseiro. O relógio digital sobre sua mesa de cabeceira brilhava em meio ao quarto escuro.

Eram cinco horas da manhã e ainda não tinha encontrado forças para se levantar da cama e iniciar o seu dia. Estava acordada há um tempo, revirando sob os lençois, tentando abafar os sons matinais que ele fazia pelo apartamento. Bucky Barnes acordava cedo.

Era o primeiro dia com o seu mais novo colega de apartamento e guarda-costas — o que ainda não a deixava nem um pouco satisfeita. Por não estar acostumada a dividir o apartamento com outra pessoa, Mackenzie Ramirez acordou assustada às quatro da manhã em ponto ao escutar os passos pesados de Bucky pelo apartamento.

Apenas existindo, irritada, em sua cama, Mackenzie escutou o homem sair às quatro e dez e voltar às quatro e meia, assobiando uma música que não conseguiu identificar. Logo em seguida, o som do chuveiro no andar debaixo ecoou pelo apartamento silencioso. Agora, ele fazia alguma coisa na cozinha, murmurando alguma coisa que também não conseguiu identificar.

Não queria levantar da cama e muito menos dar de cara com Bucky Barnes sentindo-se em casa. Desde que Mason foi assassinado a sua vida estava sendo um completo pesadelo, e ter Bucky no seu pé vinte e quatro horas por dia não ajudava em nada, só a deixava mais irritada. Às vezes, cogitava escorregar de propósito no gelo para se machucar e não ter que ficar perto dele.

O celular sobre a mesa de cabeceira apitou mais uma vez, seu terceiro alarme a trazendo de volta a realidade. Com um suspiro, Mackenzie levantou da cama e foi tomar um banho, fazendo sua higiene matinal e skin care antes de vestir uma roupa confortável para mais um dia de treinos.

Ela desceu as escadas enquanto fazia um rabo de cavalo, encontrando Bucky na cozinha, como imaginou, segurando uma caneca fumegante de café e com uma mão grande de metal apoiada na bancada de mármore. O cheiro de sabonete e perfume masculino impregnou-se em suas narinas, fazendo Mack frear os seus passos e observá-lo à distância antes de lidar cara a cara com o homem. Por que um homem tão gostoso e cheiroso tinha que ser tão insuportável e desprezível? Tão injusto.

Mackenzie respirou fundo e tombou a cabeça para o lado, só então percebendo a caneca que Bucky usava para tomar café. Não era uma simples caneca. Era sua caneca de café preferida da sorte.

— Essa caneca é minha! — disse ela, indo até ele.

Bucky, que até então estava com os olhos perdidos dentro da pia, ergueu a cabeça para olhá-la se aproximar. Mack usava uma saia preta transparente sobre um body de alças finas da mesma cor e polainas de lã cinzas.

— Bom dia pra você, também. Dormiu bem?

Ela resmungou, parando do outro lado da bancada e olhando-o de cima a baixo.

Midnight Rain (ATO I) • Bucky BarnesWhere stories live. Discover now