Amberly corre atrás dos seus sonhos em outro país deixando o passado pra atrás e ainda frustada com o término e a traição do ex que ficou no Brasil. A garota se vê focada e decidida a esquecer tudo que lembre o ex, inclusive futebol e agora se fixar...
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Acordei sobressaltada de um sonho meramente esquésito e estranho de todas as formas o possível. O quarto estava escuro, mas o dia já parecia vivido lá fora, uma dor de cabeça me rompeu tão forte, que eu soube que talvez o surto não tenha sido tão leve. Olhei ao redor tentando me adaptar a realidade. Eu estava em casa. Na casa da minha tia. Mas...
Como eu tinha chegado em casa?
Tentei não me assustar com tamanha dúvida e me esforcei pra abrir a cortina do quarto, e logo os raios de sol penetraram dolorosamente minha visão. Merda.... Que dor de cabeça infernal.
Minha mão estava dormente, meus lábios ressecados, minhas pernas doloridas, minha cabeça parecia que ia explodir e minha garganta estava ardendo como se eu tivesse gritado a noite inteira. O melhor agora seria procurar um atendimento médico antes de surtar por não lembrar como tô em casa... ou pior... oque fiz.
Graças a Deus não precisei descer da cama e ir até o andar lá de baixo atrás de respostas, Alicia abriu a porta do meu quarto com uma bandeja de café da manhã que tinha maçã, pão com queijo e um grande copo de café. E na sua outra mão uma sacola que não pude indentificar do que se tratava.
— Aproveitando a ressaca? — Perguntou ela em um tom sarcástico
Bufei irritada e coloquei minhas mãos sobre meu rosto numa tentativa estupida de parecer mais lúcida.
— Oque aconteceu? — Perguntei derrotada
— Eu ia fazer a mesma pergunta pra você — Ela me entregou a bandeja — Quando vi, você estava sentada no maior sono em uma poltrona no andar de cima, molhada e embrulhada com um edredom.
— Molhada?
Alicia me entregou a sacola que estava na mão e eu a encarei confusa.
— Antibióticos. Kit ante-ressaca. — Avisou ela — Talvez isso te ajude a lembrar.
Suspirei completamente frustada, isso nunca aconteceu comigo... Bem na vez que eu decidi beber, perdi o controle e nem mesmo sei que tamanhas vergonhas eu passei.
— Não sabia que você bebia, — Disse ela se jogando na cama — você me deixou preocupada, procurei você pelo o salão inteiro...
— Me diga que não fiz nada de mal? — perguntei
— Bom, considerando o fato de que mal vi você no salão, acredito que você deu PT e foi dormi, nada muito interessante.
— menos mal — suspirei — desculpa por ter dado trabalho...
— O único trabalho que deu foi colocar você em um táxi desacordada e te dar um banho de água fria e colocar roupas secas em você.
Ri do comentário tentando ignorar minha cabeça que estava quase explodindo.
