ᴀᴘᴏᴄᴀʟʏᴘsᴇ|ɢᴏᴊᴏ sᴀᴛᴏʀᴜ

𝕾𝖎𝖝

Tw: menção à bloqueio emocional.
Tema: angústia, comédia e um tiquito de romance (ou começo de amizade, se assim quiserem chamar) do nosso querido casal.
Boa leitura! :)
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Pov [Nome]
04/02/2018
04:14AM

Tonto, era como eu estava. Tonto e com dor de cabeça, não é nada fácil aguentar todos os dias uma cabeleira branca com olhos oceanos gritando em sua orelha, se bem que agora sinto algo líquido e salgado passando uma sensação salgada em minha língua, lágrimas? Com isso, abro meu olho e vejo Gojo esperneando com Suguru pra tentar me abraçar, esse louco jura que eu não sou real e que na verdade ele precisa tocar em mim pra saber se tudo é verdade. Que loucura.

- Vem cá, quem permitiu a entrada de vocês no meu quarto? - Satoru me olha com paixão e admiração.

- Ele está vivo! Ele está vivo! Eu não sou um louco que está alucinando! - Ele fala cantarolando, ele é o significado de maluquice.

Aqui é um quarto muito caótico, Gojo está tentando me abraçar a todo custo e Suguru o tira de perto toda hora, ele é um cara consciente. Me peguei olhando pra janela e bem, estava escuro ainda. Se você menos de seis da manhã eu vou ficar tão bravo!

- Algum de vocês dois estariam com algum relógio? - Geto me mostra seu relógio digital, felizmente, e são 4:30 da manhã, me pergunto agora de que forma matarei cada um dos dois. Talvez colocando Gojo em um cavalete da morte e pra Suguru um colar da morte, talvez estou sendo muito brutal? É, talvez. Em minha defesa, esse horário não é o certo para se ser acordado.

Em certo tempo, vejo Geto puxando Satoru para fora da sala onde estou colocado e começo a pensar que talvez esses sejam os últimos meses da minha vida e isso em uma verdade, me parece assustador. Em muito tempo pensei que seria bom morrer e finalmente conseguir a paz que não consegui durante onze anos da minha vida, um ano de descoberta do câncer, doze anos que a minha mãe descobriu o câncer e seis anos que ela deixou de viver. E nesse tempo tão frio pensei que, talvez a melhor escolha seria realmente deixar o mundo e nas circunstâncias que eu estou, eu ainda concordo mas me sinto tão empático e isso me mata por dentro. Tenho um Golden retriever humano que concerteza choraria rios e oceanos se partisse dessa para a melhor e bem, o melhor amigo dele.

Sinto alguém bater na porta do quarto onde me hospedo, presumo que seja o médico, nenhum dos dois patifes seriam tão educados ao ponto de bater na porta. E é, eu estava certo.

- Com licença, preciso entrar. - Ele me dá um sorriso melancólico e de novo deve ser algo bem ruim, o dia que eu vier para o hospital e me falarem coisas boas as fadas existiram e dentes serão de chocolates. - O seu processo de quimioterapia já vai durando alguns meses e me sinto no dever de te falar que seria melhor que raspasse seu cabelo ainda quando recebesse alta. Sei que deve ser complicado pois concerteza deve afetar muito em sua autoestima mas para que seu sofrimento com a perda de cabelo seja acabado de uma vez é essa minha recomendação.