5 anos após "meu acaso" Thiago e Pietra se veem diante da fama do ex futebolista brasileiro após encerrar sua carreira ganhando a copa do mundo e se tornando técnico do juvenil do Chelsea FC.
— Valeu por ter ido buscar ela, isso não irá se repetir.
Isabelle me olhou com deboche, ela estava amando essa situação.
— Sei que você não está vivendo a melhor fase da sua vida, e mesmo que não acredite, não sou mais a mesma mulher. — falou. — Evolui.
— Fez o mínimo né? — ela revirou os olhos. — Talvez o Isago vá ficar sozinho aqui por Londres, consegue dar uma atenção pro moleque?
— Não precisa cobrar minha posição de mãe, não sou a Pietra.
— Não fala dela não, caralho. — falei sem paciência.
Ela levantou as mãos em sinal de rendição e me deu as costas saindo de casa, não chamei, mas pela amanhã ela apareceu aqui me cobrando um obrigada, podia mandar pro mensagem? É claro, mas estamos falando da Isabelle né.
Foi péssimo minha conversa com a Pietra ontem à noite, deixei o ciúmes passar por cima da minha própria filha, disse palavras horríveis para ela mas quais me arrependo ela caralho.
Peguei meu celular e nem queria ver nada não, comentei com o Marquinhos sobre ontem e o maluco me esculachou legal.
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Aí pra não acabar a amizade nem respondi mais, não é novidade pra ninguém que o Marquinhos é o defensor fiel da Pietra, não tá errado, mas pô oque custa ficar do meu lado pela menos uma vez!
A campainha tocou e oque faltava chegou, o buquê de rosas. Pela manhã eu fui ao shopping e comprei uma pulseira da Cartier para ela, escrevi uma carta a mão e deixei em cima das rosas, dei uma gorjeta pro chefe e deixei tudo bonito no nosso quarto.
Sai do quarto deixando a porta entreaberta e meu sogro estava saindo do quarto ele e me parou.
— Podemos conversar? — me perguntou.
— Claro. — assenti e o levei até o meu escritório, deixei ele entrar e fechei a porta.
— Eu escutei a discussão de você com a minha filha ontem. — mordi minha bochecha. — E não gostei de nada que ouvi.
— Eu passei dos limites, admito...
— Quando eu entreguei Pietra a você 5 anos atrás não foi esse tipo de comportamento que eu esperei de você, pelo contrário. — enfiei as maos no bolso. — Não quero isso acontecendo novamente, Thiago. Ela é uma garota doce, sensível e você mais do ninguém sabe disso, está passando por um momento delicado e nesse momento você é oque mais deveria estar apoiando ela.
— Não irá se repetir, eu prometo pro senhor. — ele me olhou desconfiado.
— Eu e a mãe dela ainda estamos nos adaptando aqui, eu peço desculpas por isso, talvez se não tivéssemos mal acostumados com o horário teríamos ido buscar a Aurora. — falou cabisbaixo.— Todos erramos!
— Tem razão. — concordei com a cabeça e ele sorriu.
— Eu gosto de você rapaz, é como um filho para mim, por favor não nos desaponte. — me abraçou de lado.
— Não vou. — ele assentiu e saímos do escritório jogando conversa fora a respeito da corrida de fórmula um do final de semana, ele adora.
Ele desceu pra tomar café e eu saquei meu celular do bolso e abri o WhatsApp clicando no contato da Pietra, on-line, enviei uma mensagem para ela e logo fui respondido.
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Guardei o celular no bolso e entrei no quarto, me sentei na cama e fiquei esperando por ela, aflito pra caralho mas com um pouquinho de esperança.
Meu celular vibrou no meu bolso, saquei ele vendo o nome da Melanie na tela, pensei bem em desligar mas vai que é urgente.
— Alô?
— Oi, tudo bem?
— Sim, aconteceu alguma coisa?
— Não, liguei apenas pra saber como estão as coisas, você não dá notícias.
— Está tudo ótimo. — desviei meu olhar vendo a Pietra adentrar nosso quarto, meu coração quase saiu pra fora. — Preciso desligar agora.
— Mas Thiago... — afastei o celular do ouvido e encerrei a chamada.
Pietra olhava fixamente nossa cama com o buquê de flores, podia ver os olhinhos dela brilhando.
— Queria te pedir desculpas por ontem, foi um otario com você. — falei vendo ela caminhar até a cama e se curvar, segurando o cabelo, para cheirar as flores.
— São lindas! — me olhou e sentou-se na cama. — Obrigada.
— É o mínimo que tenho que fazer, não me orgulho de nada de ontem. — abaixei a cabeça. — Tem uma cartinha e uma pulseira também. — apontei.
Ela levantou a sobrancelha surpresa e abriu a caixa da pulseira se maravilhando com a peça, depois abriu a carta e começou a ler.
Fiquei bem sem jeito, ela me olhava a cada frase que lia e isso me causava certa vergonha, nunca fiz isso antes, mas tudo tem sua primeira vez.
— Muito fofo! — levou a mão até a boca rindo de lado. — Eu peço desculpas por ontem também, eu deveria ter mais responsabilidade com a Aurora, ela não é uma boneca.
— Se você está sobrecarregada assim, é porque eu não estou te dando o apoio que você precisa, a culpa é unicamente minha! — ela morde o lábio inferior.
— Eu pensei bem sobre ir a Paris. — engulo seco. — Passei a noite toda com isso na cabeça, na verdade. — ri de lado. — Quero que nossa filha cresça com uma boa convivência entre os pais, mas ao mesmo tempo não quero deixar o Isago aqui, estamos criando memórias ótimas!
— Será só até você se recuperar 100%, e mesmo que sua memória não volte, você terá total liberdade pra voltar pra Londres, quando quiser.
— Podemos conversar com ele antes? — balancei a cabeça afirmando, tentei esconder o sorriso que se formava em meu rosto. — Ok. — suspirou.
Me sentei na cama em frente a ela, parecia uma pintura de tão linda, ainda mais olhando os presentes que dei a ela.
Ela pegou o celular do bolso e me surpreendeu ao fotografar de vários ângulos o buquê com a carta e a pulseira, pode demorar o tempo que for, mas ainda terei ela de volta.