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  Deixei Jeane no endereço que ela me pediu, tentei três vezes contato com a Victória pelo celular e não consegui, não sei se fico preocupado ou não. Digamos que o mundo tá bem moderno desde quando ela se foi, talvez ela não se encaixe totalmente.

- E se eu for na casa da Sussie? - Pensei comigo mesmo e essa foi a minha decisão final. 

Eu estava no centro da cidade que era uns 30km do consultório e pra casa da Sussie mais 50km, eu já gastei gasolina atoa só que dessa vez eu estava exagerando bastante. 
Fui seguindo pelo caminho da ponte e então recebi uma ligação, olhei pro celular achando que era Sussie só que na verdade era a Naggie, a secretária substituta da Sussie. 

- Doutor Higgins? - A ligação estava horrível.

- Naggie, estou no viaduto! Não posso falar. - respondi tentando ser simpático.

- O senhor Dellacruz, acabou de chegar aqui.

Droga! Aquele maldito traficante. 

- Naggie, marca o encontro com ele amanhã! Hoje eu estou muito ocupado.

E então desliguei a Internet do meu celular pra fingir que a ligação caiu, hoje eu só quero passar um tempo com a Victória e tentar alguma coisa, apresentar pra minha mãe e pro Nichollas. 

Duas viaturas da polícia passaram por mim, com a sirene ligada e ultrapassando carros e os sinais fechados.  Se eles soubessem o que eu fiz, com certeza essa perseguição seria contra mim.

- Ninguém sabe... ninguém nunca vai saber. - me Respondi, e então eu percebi que estava falando muito sozinho. 

A rua em que a Sussie mora está um caos, era quase impossível passar com o meu carro ali. Cheio de viaturas e um caro da emergência estacionado bem na porta da casa da minha antiga funcionária.
E então fiquei desesperado, arranquei o cinto de segurança e desci do carro.
Eu não posso perder Victória novamente, eu não vou sobreviver sem ela! Nesses momentos as memórias voltam, como se fosse novamente aquela noite.

Todos me perguntaram; "poxa, Thomas... você não viu a sua mulher morrer?"
E a resposta é não, eu tentei voltar naquela noite todas as vezes. Com terapia e hipnose.
Eu nunca consegui uma resposta, e então ela morreu de morte súbita.

- Oi! - Tentei falar com o policial parado na porta. - A minha esposa! A minha Victória. 

Eu  estava tão nervoso que o policial não conseguiu entender o que eu estava querendo dizer.

- Senhor, aqui é um cenário de crime... quero que se afaste.  - Crime?

Minha respiração ficou ofegante e minha pressão caiu, eu achei que eu ia desmaiar a qualquer momento, minha cabeça estava começando a aceitar que era algo com Victória. 

- Steve, só achamos ela escondida dentro da casa. - Levantei o olhar, era Victória. 

Corri muito rápido e agarrei o corpo feminino em um abraço sincero, eu não quero nunca mais perder a Victória, eu preciso dela pra viver bem. 

- Thomas? - ela sussurrou em meu ouvido. 

- Senhor, você é alguma coisa da família? - O policial Steve me perguntou. 

- É... sou namorado da Sussie. - Respondi e larguei a minha mulher. 

- Eu quero que você leve a sua namorada daqui e deixe um número pra contato. - Assenti e então passei o meu número pra ele.

Em nenhum momento eu me importei com o tal crime que aconteceu naquela casa, eu só queria saber da Victória e felizmente ela estava bem.
Então guiei Victória até o meu carro, ela parecia estar bastante apavorada com tudo aquilo, era disso que eu temia. Quando era viva como Victória ela era uma menina tão frágil e muito protegida, Victória é filha de um vereador. 
Quando ela morreu o seu pai queria que eu fosse o culpado para me mandar para o corredor da morte, naquela época eu estava tão deprimido que morrer não era o problema, eu queria saber se na eternidade eu poderia amar a Victória, minha vida não era importante sem ela aqui comigo. 

- Victória... - Eu já estava afastado da casa dos pais de Sussie indo em rumo a minha casa. - O que aconteceu lá?

- Eu matei os pais da Sussie. - Ela me respondeu com uma frieza e naturalidade de uma pessoa que diz: "vou comer um pão."

Parei o carro no meio da estrada, era uma estrada de terra e é raro alguém pegar esse caminho pra alguma coisa. 

- Você fez o que? - perguntei desacreditando, Victória era incapaz de matar uma formiga. 

- Eu os matei... - Ela respondeu. - Pra ficarmos juntos sem muita cerimônia. 

- Victória.... - Tentei ser compreensível. - você chamou a atenção da polícia, vão investigar até os mínimos detalhes.

- Você acha que eu sou idiota? Eu mudei o cenário do crime e coloquei duas outras pessoas lá dentro, eles tem uma ficha criminal imensa... - Ela levou a destra até o meu rosto e me fez um carinho na bochecha. - Eu nunca vou ser uma suspeita desse assassinato. 

- Eu te amo. - Falei e então puxei Victória pra perto.

Selei os meus lábios nos lábios dela em um beijo de poucos segundos e então voltei a minha atenção pra estrada.

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𝑬𝒕𝒆𝒓𝒏𝒊𝒕𝒚 • 𝑽𝒊𝒄𝒕𝒐𝒓𝒊𝒂.Where stories live. Discover now