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     Eu sei que as coisas estão saindo do controle e também sei que é necessário tudo isso pra poder ficar com Victória, só que essa história já estava saindo do controle e muitas pessoas morreram e o grande motivo era sim o meu egoísmo. 

Levei Victória pra casa da minha mãe, lá era o único lugar que eu pensei em ficar com ela até agilizar a compra daquela casa que a Jeane me indicou. 

- Que lugar é esse? - Victória perguntou. 

Eu fiquei um bom tempo encarando o rosto dela. Ela frequentava muito a casa da minha mãe e agora não reconhecia? Ficamos em um silêncio constrangedor, até que resolvi responder. 

- É a casa da minha mãe, querida. - Ela me respondeu com um sorriso fraco.

Victória abriu a porta do carro e desceu, fiz a mesma coisa. Observei o carro da Jeane chegando também e por esse motivo não entrei.
Victória e Jeane sempre se deram bem, afinal Victória sabia antes de todos nós o relacionamento lésbico da minha irmã.

- Olha, não é que a tal namorada existe? - Gritou Jeane de dentro do carro enquanto estacionava. 

- Eu falei, não falei? - Victória agarrou forte em meu braço, e era uma força extraordinária e parecia que ela queria me machucar.

- Não vamos entrar? - encarei bem no fundo dos olhos dela e vi outra coisa, outra coisa que não era Victória. 

- Vamos, amor... - Dei um beijo na testa dela. - As meninas vieram pra te conhecer. 

Ela apertou mais o meu braço e no seu olhar tinha uma certa malícia. 
Na hora eu lembrei dos olhos da Victória, os olhos daquela menina bonita na formatura que nem sequer sabia que eu existia e mesmo assim era a minha maior admiração. 
Os olhos daquela moça quando saímos do cinema e tava uma tempestade, o meu carro estava estacionado a uma quadra de distância, e em baixo daquela chuva tivemos o nosso primeiro beijo.
Era o beijo da certeza, o beijo que me mostrou que era ela a minha alma gêmea, a minha mulher.
Os olhos dela subindo no altar, era a minha primeira vez casando e eu sei que eu só me casaria de novo se fosse com Victória.
Nenhuma mulher me deixou assim, totalmente manipulado por sua beleza e fascinado naqueles benditos olhos verdes.
Se fosse condenado ao inferno, eu ia feliz.
Tudo que eu fiz foi por amor.  Eu ia queimar naquele maldito fogo sem nenhum arrependimento; Eu agarrei aquela oportunidade de ter minha mulher comigo duas vezes, eu já passei pelo inferno uma vez e acho que na segunda vez é menos doloroso. 

- Olá, Sussie... né? - quando eu me dei conta a Jeane e a Cassie já estavam fora do carro delas.

- Sim... - Victória me olhou e depois olhou pras meninas.

𝑬𝒕𝒆𝒓𝒏𝒊𝒕𝒚 • 𝑽𝒊𝒄𝒕𝒐𝒓𝒊𝒂.Where stories live. Discover now