May
Edi me olha confusa, estou quase tendo uma síncope de nervoso. Ela vira o teste e vejo apenas um risquinho. Negativo.
- Negativo. - ela murmura.
Parte de mim ficou feliz, pois eu não teria como ter uma criança a essa altura do campeonato, mas a outra parte de mim ficou triste, sempre quis ser mãe, e por alguns segundos eu quis estar grávida.
Uma súbita vontade de chorar me fez abaixar a cabeça, coloquei minhas mãos em minha barriga, e respirei fundo.
- May? Tudo bem?- Edi me questiona preocupada.
- Sim...eu sou uma boba...eu sei que seria complicado ter um filho no meio dessa confusão, mas...eu queria que fosse verdade. - desabafei, eu precisava ser honesta com o que sentia, ultimamente ando sendo negligente com meus sentimentos.
- Eu sinto muito, May.- Edi sussurra, balanço a cabeça concordando.
Fui para meu quarto e chorei agarrada ao meu travesseiro, era um misto de sensações, um pouco de decepção, um pouco de alívio, um pouco de tristeza, era difícil identificar o que eu sentia.
Chorei tudo que tinha para chorar, deixei todo esse peso sair de dentro de mim, amanhã será um novo dia.
1 mês depois
Meu apartamento estava quase pronto, só falta mais algumas coisas e eu poderei finalmente me mudar.
Henry não está ficando aqui, a implicância que eles têm com a Milla é surreal, já estou ficando muito irritada com isso.
Vejo Edi abrir todas as gavetas do armário da cozinha, depois ir até a sala e abrir outras gavetas do móvel, coloco minha caneca em cima da mesa e caminho até ela.
- O que você está procurando amiga?- a questiono e ela nada responde. - Edi?- a chamo e ela se vira para me olhar.
- Os documentos do apartamento. - ela responde com voz estranha.
- Você deixou no seu cofre, dentro do seu quarto. - falo e ela balança a cabeça confirmando.
- Sim, eu deixei, mas eles sumiram.- ela suspira.
- Como assim sumiram?- arregalo meus olhos.
- É o preço a pagar, quando se coloca estranhos para dentro de casa.- ela fala caminhando, e isso me enfureceu.
- Eu não acredito que você vai culpar a Milla por causa disso também, ter implicância com a garota é uma coisa, agora acusar ela de roubo, é muito grave Edi.- ela me olha como se eu tivesse falando alguma besteira. - E você sempre foi muito justa.
- Ela é a única pessoa estranha que mora aqui.- ela revira os olhos.
- E pra quê ela pegaria os documentos do apartamento ?- cruzo meus braços, esperando a resposta.
- Boa pergunta.- responde.- Os documentos do seu apartamento e os contratos de confiabilidade também sumiram. Ou seja se ela quiser jogar na mídia esses documentos e infernizar a vida do Henry, consegue.- meu coração gela.
- Ela não faria isso. E além do mais, você pode ter tirado do cofre, ou o Henry...- ela nega.
- Henry me pediu os documentos, o comprador virá ver o apartamento amanhã. - a encaro atônita.
- Comprador? Como assim? Henry vai vender seu apartamento? - questiono meio assustada e meio desesperada.
- Sim, ele vai vender. - ela encosta no balcão da cozinha.
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Love in the dark
RomanceUm encontro casual numa cafeteria muda a vida do astro Chris Hemsworth e da brasileira May. Essa história é para minha carioca favorita @secret_may96🍬