Capitulo 11: Mais um pouco de chá?

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Passaram algumas semanas desde o nosso encontro na cafeteria. O que era pra ser um papo descontraido de dois jovens que amavam curtir e escrever se tornou  um vicio desenfreado de prazer.

Aquele chá me acordava mais que qualquer café. A diferença era que acalmava a alma e pulsava meu corpo em querer tudo de novo. Te ver deitada na minha cama pela manhã. Era um misto de calma e desejo insano. A imagem mais sexy que podia avistar naquela manhã cinza de inverno. Levando meu imaginario ao extremo e colocando cores em uma vida preto e branco. Não podia me apaixonar por uma pessoa e sim por uma noite, já que a sensações que me causavam eram a única coisa de fato que me pertenciam.

Uma xicara de café.
Me colocava sob o sol que batia na janela do meu quarto e a observava dormir. Cada tatuagem, seu cheiro, o toque e a sintonia enquanto nosso corpo dançava um sob o outro. Tudo ainda estava ali, impregnado no meu corpo e em meus aposentos.

Minha mão no seu pescoço me dava a sensação de poder e ouvir seus gemidos enquanto sentava rebolando em cima de mim entrelaçavam minha mente com todos flashs dos momentos que se deixava ser dominada.

Era o único momento onde sua personalidade forte se permitia estar entregue e ser tratada como uma puta, porém, com sutileza e uma pitada de violência. Sem marcas corporais provocadas pelo que te faz se machucar e sim, um motivo para relembrar de uma noite de muito suor e prazer. " Bate com esse pau na minha cara". Sua frase preferida ou seu maior fetiche?

Sentindo seu corpo transcorrer e inundar os lençois, suavamos numa intensidade de quem estava correndo a pelo menos duas horas no sol.  O calor de Porto Alegre era totalmente diferente de qualquer outra cidade. 

Te observava. E pensava o porque de algumas sintonias demorarem tanto pra chegar. A verdade é que minha personalidade forte não podia se mostrar vulnerável. Sabia que aquela   poderia ser a primeira e  última noite reescreviamos capitulos que  iam e voltavam, agradecia ao tempo por estar maduro o suficiente pra entender que não poderiamos ser donos de nada, muito menos de alguém. E sim, apenas as experiências nos pertenciam e cabia apenas a nós mesmos aproveitá-las como a última vez. Mesmo sabendo que de maneira ou outra não seria.

Terminei meu café. Fui para o banho e enquanto batia uma pensando na vida. Você despertou. Eu sentia vontade o tempo todo e parecia que mesmo transando a noite toda, minha alma queria mais e mais aquela dopamina que  só o prazer nos leva. Sem pensar muito, entrou no banho comigo e começou a me chupar. E em questão de tempo nossa noite foi reativada logo pela manhã.

O calor da noite passada, agora estava no chuveiro as sete e meia da manhã. Seus gritos e barulho dos meus tapas provavelmente acordaram meus vizinhos,fodasse, ninguém pagava minha contas. 

O mesmo caminho que cada gota de água fazia pelo seu corpo a minha boca fazia igual. Precisando me hidratar e sua buceta era fonte dos meus verdadeiros desejos.

Você molhada afogava meu prazer e cada vez mais  iria mais fundo nisso tudo. Deixamos o banheiro uma bagunça, todos os cremes em cima da pia foram para no chão, o espelho embaçado apenas mostrava sombras de nos dois e a fumaça que saia se misturava ao nosso pávil e por muito pouco a casa inteira  não pega fogo.

Reparei em cada detalhe. Desde  as tatuagens no braço e o rostinho de anjo que me encarava como uma menina má enquanto me chupava atras da porta. Quem olhava aquela mulher na rua, sabia que era um pedaço do céu com fragmentos de ódio, tesão e uma foda de outro mundo. Daquelas que uma pausa pra um copo d'agua nem são permitidas.

Enlouquecia qualquer um quando pedia pra ser fodida como uma puta, era preciso dosar a força, deixar algumas marcas. Precisavamos deixar aquela fogueira acessa, mas não podiamos elevar aquilo a algo maior que sexo, se não perdiamos o interesse.
Uma aquariana decidida e um taurino cabeça dura, sabiamos que nao eramos um romance a moda antiga, mas estavamos disposto a curtir a vida no que seria uma boa amizade, levantavamos um ao outro e claro, transavamos o tempo todo.

Quando o apego se aproxima, sabiamos o momento certo de ir embora e sumir. Conexão, tesão e  sintonia. O beijo encaixa, aquela bunda de quatro me olhava e pedia pra apanhar, desde o momento que sentou no meu  colo dentro do carro  sabia que teria ali um problema, se não tivesse  a idade que tenho e a maturidade, já teria me entregue e terminado com tudo, no banho podia sentir meu corpo arder dos cortes que suas unhas faziam nas minhas costas. Cada um deixa a marca que pode.

Achei engraçado que meu nome no seu telefone estava salvo como pau amigo. Talvez esse tipo de parceria seja rara, e ja que sabemos que não dura muito tempo.  Vamos explorar um ao outro sabendo exatamente o que está em jogo.

Temos um codigo tipo o S.O.S do Batman e a segundas intenções da do dona Florinda. E ai, gostaria de entrar e tomar uma xicara de chá?

Pingos de Intensidade 🔞  MALICIOSO E DEBOCHADOWhere stories live. Discover now