Capitulo 13: Players

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Desde nosso encontro em Las Vegas mantemos contato. Voltei para minha cidade com aquele perfume na minha cabeça. Não era paixão. E sim, uma sensação de ter encontrado alguém que de alguma maneira me entendia. A adrenalina do jogo, o blefe e a convicção de  mudar o cenário das coisas sem medo de tudo dar errado.   Ser um player era isso, estar pronto para o jogo e admitir quando o adversario tinha armas que você nunca tinha visto antes.

Gostei daquela surpresa e o jogo fazia parte da nossa sintonia. Quando a vi adentrar naquele salão no cassino, sabia que naquela noite a teria em meus braços. Colocaria meu mistério em sua cabeça e meu pau dentro dela.

Não me importava mais com minhas cartas, já tinha feito tanta grana naquela semana que  pude perceber todos a me vigiarem por acharem que estava de alguma maneira trapaceando. E não era uma questão de sorte, e sim, alguém que sabe muito bem manipular o adversario mais forte.

Quando ela se sentou a minha frente na mesa, comecei de alguma maneira a acreditar que estava com sorte.
Diante a todas aquelas pessoas ali, era como se estivessemos em uma partida particular. Um tentando provar ao outro que merecia a atenção. Tinhamos o contato visual que era mais forte e potente que qualquer palavra, seu sarcasmo e minha  arrogância podiam ser considerados a peça chave de uma atração do tipo que ambos precisam amaciar o ego, mas que na hora h cediam a beijos e amassos como quem devorava o planeta um do outro na dimensão mais profunda possivel.

Eu sabia que pouco importava quem ganhava. E no fim das contas iniciamos as coisas ali mesmo no cassino, mas depois, continuamos a noite toda no hotel. Sabia que estava diante de uma personagem, que fugia de alguma dor ou que não queria pensar ou falar nisso.  Então, não me preocupei em saber sua verdadeira identidade, até porque eu também não passava de um personagem. Eramos o tipo de encontro que não queriamos responder a nenhuma pergunta mesmo que ambos tivessemos tantas dúvidas.

Pedi uma dose de gin para o serviço de quarto. Precisava processar tudo aquilo. Enquanto ela tomava um banho e se preparava para partir a observei  e cada traço do seu corpo possuia algo que me chamava atenção.

Sabia que jamais esqueceria aquele momento. Apreciava minha bebida e escorado na porta do banheiro meus olhos e os dela se encontraram, eu entendi aquele olhar. Era um convite para entrar e continuar a partida, dessa vez com o chuveiro para amenizar aquele nosso fogo, mas que de alguma maneira não mudou nada, bem pelo contrario, os espelhos e o box já estavam invisiveis diante a fumaça daquela agua quente, tudo embaçado e uma atmosfera onde nossos corpos conseguiam conduzir o fogo mesmo dentro d'agua e cada vez mais as coisas esquentavam entre nós.

Peguei em seu rosto e olho no olho, com minhas mãos em seu pescoço dava pra perceber que  ali já não importava mais sobre quem éramos. 
 
Aproximei meus labios e fiz do seu pescoço o caminho mais longo e demorado até o paraíso, era gostoso chupar aquela buceta toda molhada, e como minhas mãos deslizavam pelas suas curvas, podia sentir o  arrepio e as respostas do seu corpo com cada tomada de decisão minha, sabia exatamente onde ir, deixava pequenas mordidas onde a boca parava. Apertava seus seios, deixando as marcas dos meus dedos em sua cintura, a pressionava contra a parede  e  como quem admira mais uma maravilha esculpida pelo mundo a comia com tesão de quem não quer que aquilo acabe nunca.

   Nada mais gostoso do que sexo com sintonia, quando ambos sabem exatamente o que fazer e como, sem mesmo nunca terem se encontrado antes. 

Colocou seu vestido, mesmo sem toda aquela maquiagem era uma das mulheres mais linda que já havia conhecido, deixou seu telefone sob a bancada, bateu a porta e foi embora.
Junto ao número um bilhete.

"DESCULPE, NÃO SOU BOA COM DESPEDIDAS. QUEM SABE NOS VEMOS NO BRASIL. OBRIGADO PELA NOITE. FOI UMA EXPERIÊNCIA INCRIVEL ESTAR COM VOCÊ."

Pingos de Intensidade 🔞  MALICIOSO E DEBOCHADOWhere stories live. Discover now