Capítulo 10

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Sentia meu corpo balançar, como se estivesse sendo joga de qualquer jeito de um lado para o outro

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Sentia meu corpo balançar, como se estivesse sendo joga de qualquer jeito de um lado para o outro. Não queria abrir os olhos, pois as lembranças e desconfianças, já estavam voltando com força total na minha mente.

Você descobrir que, a pessoa que te criou, conviveu todos os dias por anos, ensinou tudo o que sabe, possa estar mentido para você, não é uma coisa que causa um sentimento bom.

As informações vagas que meus primos me deram, martelam na minha cabeça, a fazendo doer. Abro os olhos devagar e percebo que estou deitada no banco de trás do carro, que se movimenta.

__ Finalmente acordou.

Me sentei no banco, me sentia um pouco zonza.

__ O que aconteceu?

Perguntei levando a mão em minha nuca, que pesava muito.

__ Você desmaiou! — o encarei pelo retrovisor do carro —  Acho que deve ter sido pelo estresse, afinal aquele cara, falou muitas coisas sobre seu pai... Aliás, ele está chegando.

Senti uma pontada no peito com aquela informação. Como eu iria encarar meu próprio pai, depois de toda essa "possível" verdade? Eu iria ter que confronta-lo. Eu precisava de respostas. Precisava saber se tudo o que me disseram, em relação ao meu pai, era verdade. Seria um conversa difícil, porém, muito necessária.

Ao chegarmos em casa, fui informada que papai havia chegado e me esperava no escritório. Ele iria me falar a verdade?

Segui pelo corredor da casa, chegando até a porta de madeira escura e rústica. O medo me rodeou antes que minha mãe chegasse a maçaneta redonda da porta.

__ É agora ou nunca — disse a mim mesma, girando a maçaneta da porta.

Entrei, encarando a sala bem organizada e com cheiro de charuto, que vinha do canto da sala, perto da janela que tinha no local. Era onde papai estava.

__ Papai? — chamei por ele, que virou para me encarar — Mandou me chamar?

Estava apreensiva. Minhas mãos suavam de tanta ansiedade que percorria pelo meu corpo. Seu rosto sério e duro, logo se suavizou, abrindo um grande sorriso.

__ Não sentiu minha falta filha? — disse se fazendo de ofendido — Fiquei tantos dias fora. Achei que quando chegasse receberia um abraço muito forte da minha menininha.

Ele abriu os braços e corri até ele, me jogando em seus braços. Abri um sorriso quando seu braços rodearam meu corpo. Apesar da última hora ter sido um pouco conturbada e possíveis descobertas a serem esclarecidas, eu não poderia negar que realmente senti muita falta do meu pai. Ele era a única família que tinha, eu o amava muito.

__ Senti saudades!

__ Eu também minha menina.

Sentamos para conversar sobre os negócios. Papai me colocou a par de tudo o que estava acontecendo, entre os carregamentos roubados e os que ainda estavam por vir, alegando que teríamos que ter uma atenção redobrada em relação aos Lovatelli.

Amando O Inimigo (Cosa Nostra) Where stories live. Discover now