HAYLEY BLAKE
No último mês da minha jornada de gestação, cada nascer do sol trazia consigo uma onda de expectativa e esperança, inundando meu ser com a promessa iminente de segurar minhas filhas em meus braços pela primeira vez. Cada novo dia era marcado pela antecipação fervilhante do momento tão aguardado, quando finalmente iria testemunhar seus rostinhos, seus olhos brilhantes, e sentir o toque suave de suas pequenas mãos.
Enquanto eu sonhava acordada com o momento mágico que se aproximava, Jack estava ao meu lado, compartilhando da mesma ansiedade e emoção. Sua presença reconfortante era um lembrete constante de que não estava sozinha nessa jornada.
Até Lua, nossa adorável lobinha, parecia contagiar-se com a empolgação que permeava nosso lar. Seus olhos brilhavam com a perspectiva de finalmente conhecer suas irmãs, suas novas companheiras de aventuras e brincadeiras. Sua energia vibrante preenchia o ambiente, criando um clima de alegria e expectativa que era impossível ignorar.
O cenário era deslumbrante, com o sol derramando seus raios dourados sobre o jardim, pintando o dia com tons vibrantes de verde e amarelo. Estávamos em um piquenique, Lua brincava alegremente enquanto eu me recostava nos braços reconfortantes do meu parceiro. O riso contagiante da nossa lobinha preenchia o ar, enquanto ela perseguia uma borboleta azul, com uma flor amarela enfeitando seus cachos loiros. Cada passo desajeitado dela era uma sinfonia de inocência e felicidade, fazendo meu coração transbordar de amor e gratidão.
Minhas mãos repousavam suavemente sobre minha barriga, onde minhas gêmeas, inquietas, expressavam sua própria excitação pelo mundo que as aguardava do lado de fora. O amor que eu sentia por elas era uma chama ardente, alimentada pela espera paciente e pela expectativa crescente de finalmente segurá-las em meus braços.
Jack quebrou o silêncio, seu tom descontraído contrastando com a tranquilidade ao nosso redor. Ele comentou sobre o crescimento rápido de Lua, seu espanto evidente diante da passagem inexorável do tempo. Seus olhos brilhavam com orgulho e admiração enquanto observava nossa filha, e eu não pude deixar de sorrir em concordância.
-Realmente, parece que foi ontem que embarcamos para a Suíça-murmurei, deixando escapar o sentimento de nostalgia. - Seis meses parecem ter voado.
Enquanto eu repousava minha cabeça no peito reconfortante do meu companheiro, um beijo suave foi deixado em meu ombro nu pela alça do meu vestido florido, um gesto que me fez sorrir involuntariamente.
A voz de Jack, suave e calorosa, quebrou o silêncio, trazendo consigo uma pergunta que pairava em nossos pensamentos.
-Quando você acha que elas virão ao mundo?-ele perguntou, sua voz carregada de expectativa.
Eu ponderava sobre a resposta, sentindo as gêmeas se mexerem dentro de mim, como se estivessem ansiosas para iniciar sua própria jornada.
-Elas estão agitadas, acho que não vai demorar-respondi, sentindo-me conectada com o universo que se formava dentro de mim.
Jack assentiu, refletindo sobre algo que parecia pesar em sua mente.
-Eu estava pensando... - ele começou, sua voz baixa e ponderada. - Tivemos paz em todos esses meses, talvez possa ser um sinal para voltarmos para casa depois que as gêmeas nascerem.
Aquela sugestão me fez morder o lábio inferior, refletindo sobre as possibilidades e os desafios que uma volta para casa traria.
-Você acha que é seguro voltar?-perguntei, minha voz carregada de preocupação.
Jack colocou-me à vontade com sua resposta, seu tom firme e seguro transmitindo confiança.
-Saberemos quando o momento chegar-ele assegurou, sua mão descansando sobre a minha que repousava em minha barriga. - Mas confesso que sinto falta de casa.
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Sangue Puro: A última Labonair ( Livro 1) - FINALIZADO
WerewolfA raça de lobos puros de sangue foi a primeira linhagem a ser criada, os primogênitos de toda uma espécie de ouro conhecida por suas habilidades e força superiores a um lobo comum. Devido a magia no sangue de um puro, um Labonair, todo o povo foi m...