Irondad & Spiderson 3 (Família Disfuncional)

Tiroteio na escola (Irondad & Spiderson & AVISO)

AVISO IMPORTANTE: Contém sangue, mortes, descrição de cenas sangrentas, tiros e palavrões.

PROSSIGAM COM CAUTELA! TODO CAPÍTULO VAI TER ISSO, NÃO ADIANTA EU COLOCAR UM AVISO ONDE VAI COMEÇAR OU TERMINAR.

Aproveite para quem for ler.

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Eram oito horas da manhã, um horário normal para as aulas estarem em andamento. Os corredores estavam vazios, as salas de aula cheias dependendo da turma, e na quadra de esportes, alunos praticavam educação física.

— Pela última vez, Eugene, você entendeu a explicação? — Perguntou a professora, olhando intensamente para o aluno que abriu a boca para retorquir.

— Sim, mas a resposta está errada — apontou Thompson, cruzando os braços e lançando um olhar irritado para a professora. — A opção é B, não E.

A professora verificou o quadro novamente, refazendo todos os cálculos do exercício mentalmente. Alguns alunos suspiraram; era comum a professora marcar a opção errada, apesar dos cálculos estarem corretos. Os alunos esperaram que ela corrigisse e seguisse para a próxima questão; as provas estavam cada vez mais próximas e eles aproveitavam todas as oportunidades de revisão para resumir o que cairia na avaliação.

Peter girou sua caneta entre os dedos, encarando o teto enquanto rezava para passar nas provas. Passar significava férias livres e mais tarde patrulhar, conforme May havia marcado recentemente. Ele não havia tido muito contato com Tony Stark desde que recebeu o traje que usou na Guerra Civil, e desde o fiasco do baile, mas estava satisfeito de qualquer forma; poderia continuar suas atividades de vigilante de forma mais segura e, em termos de design do traje, mais profissional.

— Certo, vamos para a próxima questão... — Prosseguiu a professora, explicando o que os alunos deveriam fazer nos cálculos e dando dicas para economizar tempo na prova.

Uma hora se passou, com folhas cheias de cálculos ou anotações das dicas.

— Ei, Peter — sussurrou um garoto atrás dele, o mais quieto da classe, que só conversava com algumas palavras quando chamado para trabalhos em grupo. — Pode me ajudar aqui?

— Claro — sorriu Peter, virando sua cadeira e trazendo seu caderno e caneta junto.

Os sons de conversa e de lápis escrevendo se tornaram um segundo ruído, enquanto ele se concentrava em explicar o cálculo e seus passos. Parecia que o garoto tímido estava prestando atenção, mas estava nervoso, pálido, com as mãos tremendo e os lábios apertados em uma linha fina.

— Está tudo bem? — Perguntou Peter, interrompendo a resposta final. Ele olhou preocupado, recebendo um olhar úmido, quase choroso.

— Eu... ouvi algumas coisas há algumas semanas... sobre um vizinho que mora perto de mim encomendando coisas suspeitas — sussurrou, assustado demais para olhar nos olhos. — E esse vizinho tem alguns garotos que estudam aqui, que costumam se reunir para jogar ou fazer algo assim.

— Não é o grupo que... é? — Murmurou de volta, seus olhos se arregalando.

O tímido acenou lentamente com a cabeça, confirmando. Na escola, havia vários grupos de alunos: os descolados, os ricos, as descoladas e na moda, os dedicados à leitura, aos estudos, os nerds, entre outros. Mas havia um grupo, mais um trio, que era ridicularizado por serem antissociais. Sofriam bullying de alguns atletas de futebol americano e sempre recebiam olhares de pena dos outros, mas nunca uma ajuda ou sequer uma ação por parte da própria escola.

Peter já tinha ido até o diretor falar sobre isso, mas não recebeu atenção. Foi tratado com desdém, como se "avisar aos agressores para pararem" resolvesse tudo. Isso nunca aconteceu, nem mesmo foi dada uma ação concreta da promessa feita. Ele até mesmo interveio para impedir que alguns atletas praticassem bullying, o que na época estava se tornando mortal.