barcelona | carlos sainz

32. and say are you insane?

Remind her how it used to be,
Yeah, with pictures in frames of kisses on cheeks,
Tell her how you must've lost your mind

— How you get the girl, Taylor Swift

MARTINA FERNANDEZ

O caminho todo do nosso hotel até o lugar onde Lando escolheu para realizar sua festa foi rápido. Carlos usava uma camisa de botões que com alguns a mais abertos deixavam ele obsceno de tão bonito. O peito liso e bronzeado ganhando destaque no vão do tecido branco.

Minha escolha de roupa também foi proposital. Eu precisava muito de uma dose de auto estima e só pelo olhar que ele me deu quando sai do banheiro maquiada já valeu a pena.

Homens são homens afinal e sei que apesar dele ser meu amigo, Carlos sabia admirar a beleza de uma mulher.

Muitos dos seus colegas de grid já estavam lá quando chegamos. O ambiente era um pouco escuro e a decoração simples, mas a música alta já pulsava nas caixas de som e o ar abafado nos atingiu assim que demos os primeiros passos.

Carlos estava com a mão na minha lombar, bem próximo do limite entre a pele e o tecido do vestido. Eu estava torcendo pra ele não perceber que a cada vez que ele me tocava eu sentia a pele formigar um pouco.

Demos alguns passos até o bar e ele pediu um whisky duplo com gelo pra ele e um sex on the beach pra mim.

Do outro lado do salão, avistei o melhor amigo de Carlos, dando uma risada gostosa enquanto conversava com Max Verstappen.

Uma coisa todos tinham que concordar, Lando Norris era um anfitrião espetacular. Não sei quem organizou essa festa como um todo, mas realmente estava incrível, o ambiente é aconchegante e intimista, a música é boa e temos muito álcool para comemorar.

Afinal, um P2 na sua home race não é pra qualquer um e Lando estava radiante, como se fosse o próprio sol em um dia inglês nublado.

— Eu não acredito que ele convidou todo mundo — Carlos comenta meio chocado. — Mas também não sei o que eu esperava... Lando nunca faz uma festa mais íntima.

— Nem combina com ele uma festa com meia dúzia de pessoas — digo e Carlos sorri, concordando.

Lando entorna uma garrafa de champagne aos poucos e quando nos avista, ele deixa a garrafa com Max e vem animado na nossa direção, encerrando sua conversa.

Olho ao redor e noto os garotos da Alpine sentados no sofá no meio do salão. Esteban Ocon olha diretamente pra nós, de forma curiosa, e Pierre Gasly parece abatido, como se alguém o tivesse obrigado a vir.

— CABRÓN — Lando grita todo animado quando chega perto o suficiente, puxando Carlos para um abraço apertado e, logo em seguida, segura a minha mão deixando um beijo delicado nos meus dedos. — Estou muito feliz que vocês vieram mesmo.

O sorriso com os dentes da frente separadinhos é cativante e uma parte de mim sente vontade de colocar ele dentro de um potinho e levar pra todo lugar.

— Como se fossemos perder a celebração do nosso amigo — comento. — Foi muito merecido esse P2 Lando, você sabe que embora eu não use laranja papaya com frequência, sempre estou torcendo por você.

Lando passa um dos braços pelos meus ombros e se aproxima pra dar um beijo na minha bochecha.

— Ouviu, Cabrón, ela disse que está sempre torcendo por mim — Lando ri e aponta o dedo para Carlos que o encara com um sorriso sem mostrar os dentes, que é ao mesmo tempo amigável e ameaçador. — Estou brincando, até por que, é indiscutível o quanto você fica perfeita de vermelho.