Não dava pra apressar

98 11 69
                                    

Norte não queria admitir, mas estava ansioso de encontrar Paraná. Queria ter sua recompensa pessoal por eles terem falhado na promessa de manter distância de Mato Grosso e Goiás.

Já havia mandado a mensagem para o cunhado, ele deveria já estar lhe esperando. Chegou apressado na copa e como o previsto o moreno lhe esperava sentado numa das cadeiras mexendo no celular.

— Demorou pra chegar daí. — Se levantava do lugar. — Tava quase te ligando.

Imediatamente o maior fecha a porta atrás de si e avança para o paranaense lhe abraçando pela cintura e o beijando profundamente lascivo.

— Eu tava me despedindo do pessoal entendesse. Não dava pra apressar.

Pegou em sua bunda com gosto o puxando para cima de si e lhe cheirando o pescoço com malícia. Só aquilo fez o menor derreter em seus braços. O potiguar avançou para o balcão o carregando, depositou-o na superfície elevada e voltou a lhe beijar na boca. Gostava daquela posição pois o acesso ao seu pescoço e tronco eram melhores dada a diferença de altura e porte físico dos dois.

Paraná abraçava o cunhado com as pernas, aproximando os quadris com força, já conseguia sentir o volume quente se formando em sua virilha. Sentiu seu cabelo sendo puxado para trás, fora obrigado a encara-lo.

— Hoje tu vais me chupar visse Paranazinho. — O beijou eroticamente, envolvendo as línguas sem encostar os lábios nele. — Até eu dizer que podes parar entendesse.

— Pode deixar que eu vou te mamar gostoso. — O menor replicou pervertido, já lançando a mão em sua intimidade.

Norte arrepiou completamente com a provocação. Paraná era sujo e estava se viciando naquele tipo de resposta. Tomou-lhe novamente a boca, invadindo seu espaço e tentando o desestabilizar daquele jeito.

De repente os dois ouvem o estilhaçar de louça no chão e se separam num pulo olhando para a fonte do barulho. Mal viraram o rosto e Bahia grita absolutamente horrorizada e enraivecida. Droga!

— O QUE QUE TÁ ACONTECENDO AQUI?!?! — Se aproximou dos dois e sem o mínimo titubear lançou mãos no potiguar. — O QUE TU ESTÁS FAZENDO SEU CAFAJESTE! PIRANHA! FILHO DA PUTA! DESGRAÇADO!

— C-calma mainha! Eu posso explicar! — O maior se defendia e desviava dos tapas e arranhões como podia, rodeando a sala.

— NÃO ME CHAME DE MAINHA! NÃO TEM NADA PRA EXPLICAR NÃO!!!! TU TAVAS TRAINDO O GIPE!

Toda aquela gritaria atraiu qualquer um que estava à distância de escutar. Dentre eles Pernambuco apareceu imediatamente na sala testemunhando a cena.

— EU SABIA! NORTE SEU DESGRAÇADO! ERA DISSO QUE EU TAVA FALANDO CABRA! — Se juntou à mulher nas ofensas verbais. — TU TAMBÉM PARANÁ! A IDEIA FOI TUA NÉ NÃO HOMI?! ASSUMA!!! — Conseguiu pega-lo pelos ombros e chacoalhava o menor com firmeza. — POR QUE FIZESTE ISTO CABRA?! TU JÁ NÃO TENS O SUL?! PRECISAVA VIR ATRÁS DO NORTE TAMBÉM?!

Maranhão também viu a situação tentou segurar Bahia pelos pulsos, independente de quem estava certo violência não ia resolver aquilo.

— Mainha! Espera! — Se virou para o grupo que assistia e gritou autoritário. — Alguém chama Sergipe e Sul agora! — Viu que quem se mexeu foi São Paulo, ainda bem, ele sabia da história toda. — E Brasília! — Complementou rapidamente enquanto ainda tentava conter a mulher sem machuca-la. — Espere Sergipe chegar Bahia! — Olhou para os dois acusados. — Eles não vão sair daqui visse!

Norte levantou as mãos em própria defesa, tentava transmitir que esperaria a presença do namorado sem questionar. Olhou para Pernambuco, que ainda tinha as mãos em Paraná. Se enfiou no meio deles os separando e protegendo o cunhado atrás de si.

— Larga dele Buco! Tá machucando já homi!

O mais velho pareceu profundamente ofendido e agiu como tal.

— Tu ainda tens a cara de pau de defender esse traste é?! Esperava mais de ti cabra. Bem mais.

— Traste teu cu fi do Django! — O menor não deixou de reclamar querendo avançar no de bigode. Norte precisou segura-lo. — Procura alguém do teu tamanho porra! Tu não sabe nem o que tah acontecendo aqui e fica falando merda!


_____ _____


— Cadê....? — São Paulo chegou esbaforido e completamente sem ar na sala dos sulistas, nem precisou falar nada, bastou apontar para a mesa vazia do gaúcho e olhar para Catarina.

— O que aconteceu guri?! — Ela levantou preocupada, viu que a informação era importante. — Eles foram entregar o relatório pra Brasília.

— Bahia viu.... Norte e Paraná se beijando..... na copa. — O paulista conseguiu falar entrecortado pela própria falta de ar.

— Ai meu pai! — A loira colocou ambas as mãos sobre a boca preocupada. — Eu vou lá agora! — Saiu correndo em direção à copa, nem lembrando de oferecer para correr atrás do Sul e do Sergipe dada a situação física precária do amigo fumante.

SP tentou respirar fundo, revirou os olhos contrariado e acabou se sujeitando à situação, voltando a correr, agora em direção à sala da chefe.

Chegou de rompante na porta da capital, foi prontamente acudido por Sergipe.

— Meu Deus Sampa! O que aconteceu? — Brasília imediatamente se levantou de sua cadeira.

— Barbaridade guri! Respira! — Sul puxava uma cadeira para o sudestino.

— Senta aí Sampa. — Sergipe o conduziu o menor para o móvel.

Ele se debateu um pouco tentando calar os outros com gestos. Ainda respirava muito mal.

— Norte e Paraná.... A Bahia viu.... — Precisou parar para respirar, mas a informação já estava dada. — Na copa.

— Puta que pariu! — Sul praguejou logo, lançando olhares preocupados para o nordestino e para SP quase tendo um piripaque na cadeira.

O paulista gesticulou que eles podiam ir. Sergipe estava pálido e estático, definitivamente não estava preparado para lidar com aquilo. O gaúcho tomou a liderança.

— Nós vamos lá agora. — Antes de sair pela porta o barbudo ainda fala por cima do ombro. — Obrigado Sampa.

O moreno ainda conseguiu dar um aceno de cabeça enquanto era acudido pela secretária. Brasília estendia um copo d'água pro sudestino, mas olhava constantemente para a porta, sabia que sua presença era necessária lá. São Paulo havia conseguido respirar um pouco então apoiou a mão no ombro dela chamando sua atenção.

— Vai lá Brasília. Eu tô bem.

— Cê não tá bem véi! Mal tá respirando! Não posso te deixar aqui sozinho Sampa.

Ele agarrou mais seu braço e a olhou sério nos olhos.

— Pode ir. Eu tô bem. — Viu a mulher titubear. — Vai!

Ela finalmente cedeu se levantando, havia se agachado ao lado do moreno para acudi-lo.

— Eu vou pedir alguém pra vir aqui. — Se afastava ainda incerta de sua decisão. — Cê tá com o celular né? Me liga qualquer coisa!

O paulista levantou o parelho indicando que faria aquilo se fosse necessário. Brasília saiu apressada, quando finalmente se viu sozinho ele relaxou no lugar, ainda estava mal, muito mal, sabia que era culpa de seu vício. Buscava ar mas nunca parecia ser o suficiente, isso desencadeou uma crise de tosse forte. Mas não era nada que já não tivesse passado antes. Era ruim, mas sabia lidar com aquilo. 





____________________

Aconteceu.......... O momento que todos (eu) estavam esperando.

Vamos pelo menos torcer pro Paulinho não morrer no meio da história neh~

Nem o Norte e o Paraná esganados pela Bahia.

Foi difícil manter meu bico fechado pra spoilers visse... hahaha tava me coçando toda pra contar em alguns dos comentários hahahaha

RepetecoWhere stories live. Discover now