55 - SETE DA MANHÃ.

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Oi...

Los Angeles 06:49Dias depois

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Los Angeles 06:49
Dias depois.

   Nos últimos três dias eu e Park nos falamos apenas por telefone, mas não nos vimos. Parece que ela teve uma noite difícil em seu estágio, tão dificil que eu tentei falar pouco e deixei ela falar. Parece que aconteceu uma batida de carro e muitas pessoas saíram feridas, mas uma criança de sete anos veio a óbito e isso mexeu profundamente com ela tanto que a fez chorar no telefone comigo. Eu fiquei calado, a deixei que falasse tudo, mas Park chegou a se culpar pela morte da menina e dizia o tempo todo que devia ter feito algo errado, que poderia ter feito mais.

   Eu queria muito ter me encontrado com ela, mas eu tenho consciência do seu cansaço, de como ela ainda estar por causa da morte da garotinha e por isso eu não a convidei para sair, mas confesso que estou um pouco inquieto com essa situação. Eu queria muito poder me sentar e conversar com ela sobre algumas coisas, principalmente falar sobre as merdas que eu fiz com ela, mas nesse momento eu entendo que devo dar a ela tempo e espaço para processar minha repentina volta para sua vida e ainda tem o fato dela ter perdido uma garotinha em seu turno.

   Saio do carro, fecho a porta e dou a volta no carro ficando de frente para a entrada do hospital. Ponho as mãos nos bolsos da calça social e encosto meu corpo no veículo para esperar por ela. De repente ela sai de dentro do hospital, mas caminha olhando para a tela do celular e por algum motivo eu fico irritado no momento que a vejo sorrir para a tela. Eu sei que ela tem um rolo com uma pessoa, eu sei disso, mas o pensamento dela estar falando com ele agora me irrita ao ponto de me fazer morder o lábio agora. Respiro fundo, ela desvio o olhar do celular e nesse instante ela me ver. Dou alguns passos e ela para de andar.

Oi...

— O que faz aqui tão cedo? — olho para o lado sem jeito — Seu irmão voltou para o hospital? Aconteceu alguma coisa? Seus pais estão bem? Você está passando mal?

— Calma, Park.

— Me diga logo o que aconteceu?

— Não aconteceu nada com o meu irmão e nem comigo.

— Então porque está aqui tão cedo?

— Eu vim ver você.

— Adam. São sete da manhã.

— Eu sei, mas eu queria te ver... — confesso olhando em seus olhos

   Park abriu um pequeno sorriso e eu fiz o mesmo. Ela está há alguns passos de mim, mas para a minha alegria ela move seu corpo em minha direção. Eu permaneço paralisado, olhando para ela e quando me dou conta seu rosto já está próximo do meu.

Você já me viu. Já pode ir embora agora — engulo em seco.

— Posso te levar em casa pelo menos?

DEPOIS DA TRAIÇÃO [ CONCLUÍDO ]Where stories live. Discover now